Minist\u00e9rio da Sa\u00fade<\/a>, o diabetes afeta cerca de 250 milh\u00f5es de pessoas no mundo. S\u00f3 no Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes afirmou que, em 2019, mais de 13 milh\u00f5es de pessoas viviam com a doen\u00e7a, sendo esse um n\u00famero com potencial de crescimento. O dado \u00e9 assustador, uma vez que as doen\u00e7as cr\u00f4nicas n\u00e3o transmiss\u00edveis (como diabetes), s\u00e3o respons\u00e1veis por mais de setenta por cento das mortes.<\/p>\n\n\n\nSabe-se tamb\u00e9m que atualmente o diabetes est\u00e1 cada vez mais presente em crian\u00e7as e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, o n\u00famero de crian\u00e7as e adolescentes com Diabetes Mellitus do tipo 2, principalmente na faixa compreendida entre os 8 e os 18 anos, tem crescido muito, por conta do aumento da preval\u00eancia da obesidade e do sedentarismo nessa faixa et\u00e1ria. De acordo com dadosda American Diabetes Association (ADA), h\u00e1 50 anos o diabetes tipo 2 representava menos de 3% de todos os novos casos diagnosticados entre crian\u00e7as e adolescentes. Hoje ele \u00e9 respons\u00e1vel por at\u00e9 30% dos casos registrados. No grupo dos adolescentes, segundo um estudo publicado no Journal of Pediatrics, a incid\u00eancia do tipo 2 ultrapassa os 45% dos novos casos de diabetes.<\/p>\n\n\n\n
O aumento no n\u00famero de crian\u00e7as com diabetes, principalmente do tipo 2, pode ser uma consequ\u00eancia direta dos maiores \u00edndices de obesidade, bem como do sedentarismo e do estresse desenvolvidos ainda na inf\u00e2ncia. O aumento no n\u00famero de casos de diabetes na inf\u00e2ncia e na adolesc\u00eancia tamb\u00e9m \u00e9 um reflexo da epidemia mundial de obesidade, decorrente do consumo excessivo de alimentos industrializados e pouco saud\u00e1veis, e tamb\u00e9m do aumento do sedentarismo dos jovens, muitas vezes associado ao aumento do uso de ferramentas tecnol\u00f3gicas.<\/p>\n\n\n\n
O Dia Mundial do Diabetes foi uma data escolhida pela Federa\u00e7\u00e3o Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS) para refor\u00e7ar a conscientiza\u00e7\u00e3o a respeito da doen\u00e7a, principalmente para evidenciar a import\u00e2ncia da preven\u00e7\u00e3o e oferecer alternativas para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.<\/p>\n\n\n\n
O que \u00e9?<\/h2>\n\n\n\n
O Diabetes Mellitus \u00e9 uma doen\u00e7a cr\u00f4nica provocada pela falta ou incapacidade de utilizar a insulina adequadamente. A insulina, horm\u00f4nio produzido pelo p\u00e2ncreas, \u00e9 respons\u00e1vel por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue ou, em outras palavras, os n\u00edveis de a\u00e7\u00facar.<\/strong><\/p>\n\n\n\nQuais s\u00e3o os tipos?<\/h2>\n\n\n\n
Apesar de ter a mesma ess\u00eancia, existem algumas particularidades que dividem o diabetes em mais de um tipo. De acordo com o minist\u00e9rio da sa\u00fade, esses s\u00e3o os principais:<\/p>\n\n\n\n
- Tipo 1: <\/strong>O pr\u00f3prio sistema imunol\u00f3gico da pessoa ataca e destr\u00f3i as c\u00e9lulas produtoras de insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% das pessoas com diabetes, sendo mais frequente em jovens e crian\u00e7as. Por esse motivo, o diagn\u00f3stico costuma ser feito na inf\u00e2ncia e adolesc\u00eancia.<\/li>
- Tipo 2: <\/strong>Resulta da resist\u00eancia \u00e0 insulina. Ou seja, o corpo n\u00e3o produz uma quantidade suficiente do horm\u00f4nio ou existe uma incapacidade de absor\u00e7\u00e3o das c\u00e9lulas musculares e adiposas. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo mais comum em adultos ou em pessoas acima do peso, sedent\u00e1rias, sem h\u00e1bitos saud\u00e1veis de alimenta\u00e7\u00e3o.<\/li>
- Diabetes Gestacional:<\/strong> Decorrente das mudan\u00e7as hormonais, a a\u00e7\u00e3o da insulina pode ser reduzida durante a gesta\u00e7\u00e3o. O p\u00e2ncreas, consequentemente, aumenta a produ\u00e7\u00e3o de insulina para compensar. Essa \u00e9 uma condi\u00e7\u00e3o que pode ou n\u00e3o persistir ap\u00f3s o parto.<\/li>
- Pr\u00e9-diabetes: <\/strong>Condi\u00e7\u00e3o caracterizada pelo n\u00edvel de a\u00e7\u00facar no sangue acima do normal, mas n\u00e3o o suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve de alerta, pois indica um risco grande da doen\u00e7a se desenvolver.<\/li><\/ul>\n\n\n\n
Qual o risco da doen\u00e7a?<\/h2>\n\n\n\n
A glicose \u00e9 obtida por meio dos alimentos que ingerimos todos os dias. Eles s\u00e3o a nossa principal fonte de energia. O corpo precisa da insulina para conseguir metabolizar a glicose adquirida nesse processo, quando uma pessoa tem diabetes, ela n\u00e3o consegue utilizar a glicose adequadamente, provocando um d\u00e9ficit na metaboliza\u00e7\u00e3o desse carboidrato. Esses casos s\u00e3o caracterizados por hiperglicemia (altas taxas de a\u00e7\u00facar no sangue) de forma permanente, condi\u00e7\u00e3o que pode provocar danos em \u00f3rg\u00e3os, vasos sangu\u00edneos e nervos do paciente.<\/p>\n\n\n\n
Como identificar?<\/h2>\n\n\n\n
Qualquer um pode ter diabetes, mas \u00e9 importante analisar alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doen\u00e7a, como:<\/p>\n\n\n\n