O que você precisa saber sobre Diabetes

Postado por Suzanclin em 15/nov/2021 - Sem Comentários

Como uma das comorbidades mais comuns de encontrar em obesos é a diabetes mellitus do tipo 2, hoje nosso blog será focado na doença e em seus tratamentos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o diabetes afeta cerca de 250 milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes afirmou que, em 2019, mais de 13 milhões de pessoas viviam com a doença, sendo esse um número com potencial de crescimento. O dado é assustador, uma vez que as doenças crônicas não transmissíveis (como diabetes), são responsáveis por mais de setenta por cento das mortes.

Sabe-se também que atualmente o diabetes está cada vez mais presente em crianças e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, o número de crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus do tipo 2, principalmente na faixa compreendida entre os 8 e os 18 anos, tem crescido muito, por conta do aumento da prevalência da obesidade e do sedentarismo nessa faixa etária. De acordo com dadosda American Diabetes Association (ADA), há 50 anos o diabetes tipo 2 representava menos de 3% de todos os novos casos diagnosticados entre crianças e adolescentes. Hoje ele é responsável por até 30% dos casos registrados. No grupo dos adolescentes, segundo um estudo publicado no Journal of Pediatrics, a incidência do tipo 2 ultrapassa os 45% dos novos casos de diabetes.

O aumento no número de crianças com diabetes, principalmente do tipo 2, pode ser uma consequência direta dos maiores índices de obesidade, bem como do sedentarismo e do estresse desenvolvidos ainda na infância. O aumento no número de casos de diabetes na infância e na adolescência também é um reflexo da epidemia mundial de obesidade, decorrente do consumo excessivo de alimentos industrializados e pouco saudáveis, e também do aumento do sedentarismo dos jovens, muitas vezes associado ao aumento do uso de ferramentas tecnológicas.

O Dia Mundial do Diabetes foi uma data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar a conscientização a respeito da doença, principalmente para evidenciar a importância da prevenção e oferecer alternativas para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

O que é?

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica provocada pela falta ou incapacidade de utilizar a insulina adequadamente. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue ou, em outras palavras, os níveis de açúcar.

Quais são os tipos?

Apesar de ter a mesma essência, existem algumas particularidades que dividem o diabetes em mais de um tipo. De acordo com o ministério da saúde, esses são os principais:

  • Tipo 1: O próprio sistema imunológico da pessoa ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% das pessoas com diabetes, sendo mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância e adolescência.
  • Tipo 2: Resulta da resistência à insulina. Ou seja, o corpo não produz uma quantidade suficiente do hormônio ou existe uma incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo mais comum em adultos ou em pessoas acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação.
  • Diabetes Gestacional: Decorrente das mudanças hormonais, a ação da insulina pode ser reduzida durante a gestação. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar. Essa é uma condição que pode ou não persistir após o parto.
  • Pré-diabetes: Condição caracterizada pelo nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve de alerta, pois indica um risco grande da doença se desenvolver.

Qual o risco da doença?

A glicose é obtida por meio dos alimentos que ingerimos todos os dias. Eles são a nossa principal fonte de energia. O corpo precisa da insulina para conseguir metabolizar a glicose adquirida nesse processo, quando uma pessoa tem diabetes, ela não consegue utilizar a glicose adequadamente, provocando um déficit na metabolização desse carboidrato. Esses casos são caracterizados por hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) de forma permanente, condição que pode provocar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos do paciente.

Como identificar?

Qualquer um pode ter diabetes, mas é importante analisar alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como:

  • presença de pessoas com diabetes na família
  • comportamentos sedentários
  • obesidade
  • hipertensão arterial
  • idade acima de 45 anos.

Além disso, alguns sintomas podem indicar a presença da doença. São eles:

  • fome frequente
  • sede intensa
  • desânimo
  • fraqueza
  • sonolência
  • tontura
  • perda de peso
  • urina em excesso
  • dificuldade na cicatrização de feridas e infecções frequentes.

É importante lembrar que, para cada tipo do diabetes, os sintomas podem variar. Portanto, nada substitui uma avaliação médica. Um simples exame de sangue pode revelar se você tem ou não.

Como tratar? Existe cura?

O diabetes não tem cura. O que pode acontecer é que a pessoa passe a apresentar, durante ou depois de um tratamento, níveis controlados de açúcar no seu sangue, que podem até serem níveis normais. Depois de diagnosticada, o tratamento do diabetes poderá ser feito tanto com insulina quanto com a medicação oral. Segundo o Ministério da Saúde, a insulina costuma ser usada para tratar o diabetes do tipo 1, embora sirva para alguns casos de tipo 2, como quando o pâncreas começa a não produzir mais o hormônio em quantidade suficiente.

Já a medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, algumas complicações podem surgir se o diabetes não for tratado de forma adequada. São elas: problemas neurológicos, na visão, nos rins, nos pés e nas pernas, além de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar na qualidade de vida. 

A alimentação é uma aliada importante no controle e prevenção de diversas doenças, entre elas o diabetes, alimentos in natura e minimamente processados, evitam o consumo de ultraprocessados que são ricos em gorduras, sal, açúcar e aditivos químicos. Além disso, a prática de atividade física ajuda a controlar a glicemia, manter o peso saudável e controlar o estresse, fatores que também contribuem para a evolução da doença. Ter uma vida fisicamente ativa e uma alimentação saudável é fundamental, tanto para prevenir quanto para controlar o diabetes.

Cirurgia Metabólica x Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 20/set/2021 - Sem Comentários

Você já ouviu falar em Cirurgia Metabólica? Hoje vamos te explicar o que é, qual a diferença entre a cirurgia bariátrica e metabólica e quais seus benefícios.

O que é a cirurgia metabólica?
A  metabólica é basicamente um procedimento cirúrgico que é utilizado para controlar/curar algumas doenças endócrinas de pacientes. Um grande exemplo de uma doença que pode ser controlada com a cirurgia é a Diabetes mellitus do tipo 2.

Alguns pacientes optam por esta cirurgia porque a diabetes ainda é muito difícil de ser controlado. Os diabéticos não controlados são pessoas com diabetes tipo 2 que não conseguem manter os níveis de glicose no sangue dentro dos padrões desejados. Importante dizer que essas pessoas não se tornam diabéticos não controlados do dia para a noite. Geralmente, são muitas as tentativas fracassadas de controlar a doença. Essas tentativas podem incluir diversos tipos de dietas, exercícios físicos e tratamentos clínicos, incluindo o uso de medicamentos injetáveis diariamente.

Muitos pacientes não conseguem obter os objetivos desejados seguindo métodos tradicionais. Como o diabetes é uma doença progressiva, essa é uma atitude que coloca em risco a saúde da pessoa, pois a doença tende a evoluir para quadros mais graves. Além disso, o custo do tratamento clínico para diabetes é alto. Como é uma doença crônica, o uso regular de medicamentos pode se tornar financeiramente inviável para muitos pacientes.

A cirurgia metabólica vem com o intuito de tratar esses pacientes diabéticos e evitar vários desencadeamentos como problemas da retina (podendo levar a cegueira), problemas nos rins (podendo levar até mesmo à necessidade de transplante renal/hemodiálise) e problemas cardiovasculares, que são a principal causa de mortalidade nos pacientes com diabetes.

Qual a diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica?
Nas duas cirurgias, a técnica é basicamente a mesma. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa principalmente o controle da doença. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo principal a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano. A cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos de curto, médio e longo prazo, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular.

O que a cirurgia metabólica pode curar/auxiliar?
Através da cirurgia metabólica é possível controlar as seguintes doenças:

  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Colesterol;
  • Esteose Hepática;
  • Diabetes;
  • Dislipidemia;
  • Esofagite;
  • Apneia do sono.

Qual a melhor técnica para a cirurgia metabólica?
Como dito anteriormente, a técnica cirúrgica utilizada é a mesma tanto para a cirurgia metabólica quanto para a bariátrica. Porém o Conselho Federal de Medicina (CFM) normatizou que a cirurgia metabólica indicada para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 se dará, prioritariamente, pelo bypass gástrico com reconstrução em Y-de-Roux (BGYR). Porém em casos de contraindicação ou desvantagem do Bypass, a gastrectomia vertical (Sleeve) será a opção disponível. Nenhuma outra técnica cirúrgica é reconhecida para o tratamento desses pacientes.

Quem pode realizar a cirurgia metabólica?
Para realizar a cirurgia metabólica, o paciente deverá cumprir os seguintes requisitos:

  • Ter diabetes mellitus tipo 2 e ter IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m²;
  • Ter mais de 30 anos e no máximo 70 anos;
  • Ter diabetes miellitus tipo 2 há menos de 10 anos;
  • É necessário comprovar que o paciente já tentou outros tratamentos e não obteve sucesso;
  • O paciente não pode ter outras contraindicações para a cirurgia.

 

Mas afinal, depois de todos esses esclarecimentos, por que a cirurgia bariátrica começou a mostrar resultados positivos em pacientes com diabetes do tipo 2?

Os profissionais de saúde constataram que as transformações anatômicas realizadas pela cirurgia bariátrica provocavam o aumento significativo da quantidade de vários hormônios que atuam na regulação do açúcar e do metabolismo, além de controlar a fome e promover saciedade, provocando diversos efeitos benéficos no organismo.

Percebeu-se que, após a cirurgia bariátrica, havia uma diminuição dos hormônios associados à fome no estômago, ao mesmo tempo em que havia um incremento dos hormônios relacionados à saciedade no intestino. Ou seja, além de ter uma diminuição significativa do desejo de comer, a pessoa se sentia satisfeita com muito menos comida!

Dentre os benefícios que podem ser atribuídos à mudança na secreção desses hormônios está o controle ou até mesmo a remissão de várias doenças potencialmente graves, como:

  • Diabetes;
  • Hipercolesterolemia;
  • Hiperuricemia;
  • Hipertensão;
  • Esteatose Hepática;
  • Síndrome dos Ovários Policísticos;
  • Parte da Síndrome Plurimetabólica.

Gostou? Conseguiu entender certinho os benefícios da Cirurgia Metabólica? Esperamos que sim. Caso você queira saber mais sobre a cirurgia bariátrica, clique aqui.

Cirurgia Bariátrica e Diabetes

Postado por Suzanclin em 23/ago/2021 - Sem Comentários

Sabe-se que o Diabetes é uma doença extremamente séria e que atinge diversas pessoas ao redor do mundo, não é uma coincidência o fato de que hoje a doença está entre as 10 principais causas de morte no mundo. Segundo a IDF (International Diabetes Federation), existem aproximadamente 463 milhões de adultos com a doença em todo o mundo. Além disso, a prevalência global da diabetes atingiu 9,3%, sendo que ao menos metade desses casos de adultos não são diagnosticados. Inclusive, a previsão é que o número total de pessoas com diabetes chegue em 578 milhões em 2030 e 700 milhões em 2045. Já hoje cerca de 374 milhões de adultos são intolerantes à glicose, portanto possuem alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

No ano de 2019, a diabetes foi responsável por aproximadamente 760 bilhões de dólares em gasto com a saúde. Mas por que estamos falando tudo isso? Muitos sabemos dos malefícios que a doença traz e alguns sabem até mais a fundo sobre a mesma, mas nosso principal assunto de hoje não é esse.

Cirurgia Bariátrica x Diabetes

A cirurgia bariátrica vem se tornando cada vez mais popular, e ela é responsável por auxiliar e até mesmo curar o paciente de diversas patologias trazidas devido à obesidade. Existem 2 doenças que são as primeiras que vêm à cabeça quando falamos de obesidade, a primeira é a hipertensão e a segunda é a diabetes. Como já falamos aqui sobre a hipertensão anteriormente, hoje focaremos na diabetes.

Antes de falar mais sobre, é importante ressaltar também que existem tipos de diabetes, sendo elas:

  • Diabetes tipo 1 – Geralmente, acomete crianças e adolescentes. É uma doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células beta. Dessa maneira, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o organismo. A glicose, então, não é absorvida pelas células. Para retirar o açúcar da corrente sanguínea, os médicos habitualmente prescrevem insulina, modificação no cardápio e atividades físicas.
  • Diabetes tipo 2 – Essa é a apresentação mais comum da doença. E ela surge quando o organismo não consegue usar de forma correta a insulina que produz. Ou, então, o organismo não fabrica o hormônio suficiente para conseguir controlar glicemia. Fatores genéticos podem estar atrelados ao desencadeamento da diabetes do tipo 2, porém, na maioria dos casos a doença é associada a pessoas acima do peso e com uma má alimentação.

Hoje existem estudos que mostram que a cirurgia bariátrica tem resultados muito positivos no auxílio do controle da diabetes tipo 2. Aproximadamente 90% das pessoas que possuem diabetes, possuem a tipo 2.

Mas afinal, a cirurgia bariátrica cura diabetes?

Bom, é complicado afirmar que a cirurgia bariátrica cura a diabetes, porém podemos afirmar que, a cirurgia bariátrica auxilia o paciente no controle da doença. E esse controle é dado por 3 fatores:

  • Redução da grelina no estômago
    A grelina é um peptídeo produzido principalmente no fundo gástrico do estômago e é responsável pela sensação de fome nos pacientes. Como esse fundo é “desativado” nas cirurgias, o paciente passa a sentir menos fome, o que faz com que ele coma menos, ingerindo menos açúcar;
  • Liberação de GLP1
    O estômago reduzido não possui a mesma eficácia ao digerir os alimentos, portanto eles chegam mais rápido e “menos digeridos” no intestino. Essa chegada mais rápida promove a liberação do GLP1, ele irá agir sobre o pâncreas, produzindo mais insulina. O aumento na produção da insulina resulta em uma maior capacidade do corpo guardar açúcar dentro das células;
  • Diminuição do peso do paciente
    Outro fator que influencia no controle da diabetes é a perda de peso do paciente, uma vez que quando uma pessoa emagrece, ela passa a ter menos substâncias inflamatórias que bloqueiam a ação da insulina na célula.

Portanto podemos dizer que a cirurgia bariátrica não cura a diabetes do paciente, mas fará o mesmo ingerir menos alimentos, produzir mais insulina e ter o efeito da insulina de seu corpo potencializado, visto que a inflamação do corpo do paciente diminuirá bastante.

Agora que respondemos qual a influência da cirurgia bariátrica em pessoas com diabetes tipo 2, aproveitamos para tirar uma outra dúvida que é frequentemente trazida a nós.

Qual a diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica?
Na essência do procedimento podemos dizer que nenhuma. A técnica cirúrgica é igual. A grande diferença observada na cirurgia bariátrica e na metabólica é a MOTIVAÇÃO do procedimento. Portanto, caso você possua obesidade descontrolada e queira realizar o procedimento cirúrgico para seu controle, vai realizar a cirurgia bariátrica.
Caso o paciente tenha diabetes ou hipertensão com difícil controle e opte por realizar a cirurgia, o ideal é realizar uma cirurgia metabólica. Note que o que motivou o paciente a realizar o procedimento foi o tratamento de uma síndrome metabólica que ele possuía, não apenas o tratamento da obesidade em sua essência.

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