Especialidades Suzanclin: Endocrinologista

Postado por Suzanclin em 14/fev/2022 - Sem Comentários

Como de costume, toda segunda-feira tem um texto novo aqui no nosso blog. Seja sobre bariátrica e tudo que a envolve, ou outros assuntos relacionados a medicina. Hoje iremos iniciar uma série de textos, em que falaremos das especialidades médicas que temos aqui na Suzanclin. Para iniciar, iremos começar com a especialidade endocrinologia.

O médico endocrinologista, é responsável por avaliar e tratar todo o sistema endócrino. Esse sistema, é responsável pela produção de hormônios que são importantes para diversas funções do organismo. O sistema endócrino junto com o nervoso, regulam e controlam todas as funções do corpo humano, atuando na reprodução e no metabolismo dos carboidratos, no crescimento dos tecidos e entre outros fatores. O sistema, é formado por uma série de glândulas, que são chamadas de glândulas endócrinas. Essas glândulas, liberam hormônios que são excretados direto para a corrente sanguínea. Os órgãos que formam o sistema endócrino, possuem diferentes funções, que nem sempre estão relacionados, por ser um sistema bem extenso. Mas afinal, quando devemos procurar esse especialista?

É ideal procurar o médico endocrinologista, quando aparecer alguns sintomas que podem apontar distúrbios hormonais, ou quando for solicitado por outro especialista.

 Alguns distúrbios hormonais:

  • Crescimento na tireoide
  • Dificuldades com ganho ou perda de peso
  • Colesterol alterado
  • Sintomas de menopausa ou andropausa
  • Glicemia desregulada
  • Puberdade precoce ou retardada
  • Exames que mostrem alteração hormonal
  • Sede e cansaço em excesso

Doenças que podem ser causadas por alterações hormonais:

Obesidade: Devido aos inúmeros problemas que a obesidade pode causar à saúde das pessoas, nos últimos anos foi em fim, reconhecida como uma doença. Essa doença possui varias causas, mas apenas uma parte pequena significa problemas por deficiência hormonal. Normalmente é acompanhada por outras doenças da parte endócrina, como: problemas de colesterol ou diabete.

Diabete: A diabete é uma doença metabólica crônica. Devido ao aumento dos níveis de açúcar no sangue, isso acontece devido à falta ou o mau funcionamento do hormônio insulina, que é responsável por levar a glicose da corrente sanguínea para o interior das células. Se o hormônio não funciona corretamente, o açúcar se acumula em excesso no sangue ao invés de ser gasto nas células do corpo.

 A principal causa da diabete é a má alimentação, principalmente devido à ingestão em excesso de açúcar e a falta de exercícios físicos.

Doenças na tireoide: As mais famosas são hipotireoidismo e hipertireoidismo. A hipotireoidismo é a condição na qual a glândula tireoide não produz a quantidade suficiente de hormônio da tireoide, enquanto a hipertireoidismo é a produção em excesso do hormônio.

Papel do Endócrino na Bariátrica

No pré-operatório, o especialista irá fazer a análise da parte clínica do paciente, avaliando e verificando se o mesmo se encontra apto ou não para realizar a cirurgia.

Ele irá atuar diretamente no controle do colesterol, problemas na tireoide, diabete e entre outros distúrbios endócrinos.

Através de alguns exames pedidos pelo endocrinologista, como; insulina, hemograma e vitamina e entre outros exames. O especialista irar analisar e auxiliar o paciente a realizar a cirurgia, sem que nenhuma comorbidade possa oferecer algum risco a cirurgia e a sua saúde.

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27 anos de Suzanclin

Postado por Suzanclin em 07/fev/2022 - Sem Comentários

Na terça-feira dia 01/02/2021, a Suzanclin completou 27 anos de existência. Para comemorar essa orgulhosa trajetória, iremos compartilhar com vocês um resumo dessa jornada.

Fundadores

A Suzanclin tem como os seus sócios fundadores, os médicos, Dra. Isabel Yoko Takasaka e Dr. Jaime Ribeiro de Carvalho Teles. Eles se conheceram e fizeram todo o curso de medicina na mesma classe. Logo após se formarem, a parceria se manteve na residência médica, cursada por ambos no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. A especialização escolhida foi a de Cirurgião do Aparelho Digestivo. Em 1992, começavam a realizar atendimentos no Hospital São Sebastião, mas logo notaram a necessidade de um consultório próprio para atender seus pacientes. E dessa ideia, nascia a empresa Suzanclin.

Trajetória

No seu primeiro ano de nascimento, a clínica tinha somente dois funcionários, os sócios criadores. Era localizada na rua Tiradentes, onde alugavam uma sala do Dr Jorge Yoshimoto, primo da Dra. Isabel. A sala também era dividida com o Dr Roney Augusto da Conceição, após um período ficou nítido que o espaço e o tempo daquela sala eram muito apertados, precisavam de uma nova opção. Em agosto de 1996, passaram então a atender na rua Felício de Carvalho, até uma excelente oportunidade de atender na rua Armando Salles, mantendo a parceria com Roney. A Suzanclin chegava ao seu primeiro endereço comercial, contando com 19 colaboradores 7 profissionais em seu corpo clinico.

Em 2002 Dr. Jaime e Dra. Isabel, se interessavam por cirurgia bariátrica e já no ano seguinte após cursos e especializações, começavam a realizar suas primeiras cirurgias. Visando um melhor atendimento para seus pacientes, era criada a Obesoclin. Com o intuito de ser a parte da clínica focada somente para a cirurgia de redução de estomago, a Obesoclin deixou de existir para virar o que é hoje a Vivaligth.

Em fevereiro de 2007 na Rua Baruel, a Vivaligth começou a funcionar, ao lado de nossa atual unidade matriz. Podendo assim oferecer o melhor tratamento aos seus pacientes, com mais espaço e conforto. Com os atendimentos e a nova unidade indo bem, a clínica deu mais um passo para o seu crescimento. Em agosto de 2010, a Vivaligth foi de Suzano foi para Mogi das Cruzes, pensando em se expandir para a região e pelo local não comportar mais os pacientes.

Em agosto de 2012 a Suzanclin então se mudava para o que é hoje sua maior unidade, na rua Baruel nº650, possuindo 26 funcionários e 19 profissionais. A unidade Vivaligth Mogi, durou até março de 2013, sendo unificada com a unidade de Suzano.

Em 2015 iniciávamos nossa primeira caminhada Vivaligth, com intenção de promover a prática de atividades físicas para os pacientes de obesidade. Uma vez ao ano essas caminhadas são realizadas em Suzano ou São Paulo. Em março de 2007 outra expansão precisou ser feita. A demanda e a necessidade fizeram com que uma nova unidade fosse aberta, em Suzano, na rua Nair Ferreira Martins.

No ano seguinte, voltávamos para Mogi das Cruzes, já então como Suzanclin Vivaligth. A unidade se manteve por alguns anos nesse endereço até que em 2020 mudamos para o que é hoje nosso atual endereço, na rua Francisco Franco nº 346. A clínica conta com mais espaço, conforto e um local de fácil acesso.

Em fevereiro 2019 nascia nossa loja, física e virtual a Suzanclin Store. Para facilitar ainda mais a vida dos nossos pacientes bariátricos, que após o procedimento passa a precisar de suplementação e entre outros acessórios do dia a dia.  No meio desse mesmo ano, era inaugurado a nossa unidade de pediatria a Suzanclin Baby, localizada na rua Presidente Nereu Ramos nº 77.

E a Suzanclin continua pensando em evoluir e alcançar grandes objetivos, através dos anos que estão por vir. Agradecemos a todos os nossos pacientes pelo carinho e por toda a confiança que depositam em nós, estaremos sempre aqui para ajudar da melhor forma.

Aos nossos colaboradores e corpo clínico, agradecemos pelo esforço e empenho de cada um de vocês. Contamos com vocês para cada vez mais evoluirmos e melhorarmos para atender com ainda mais excelência.

Cirurgia reparadora pós cirurgia bariátrica

Postado por Suzanclin em 24/jan/2022 - Sem Comentários

Ao realizar a cirurgia bariátrica, o paciente acaba perdendo muito peso em um curto período de tempo, resolvendo assim os problemas que o excesso e as comorbidades trazem, mas nem tudo é positivo nessa história. Devido a essa rápida perda, o excesso de pele e a flacidez podem acabar aparecendo e se destacando no corpo do bariátrico.

A cirurgia reparadora é o maior aliado contra esse problema, chamada de dermolipectomia, a cirurgia de retirada do excesso de pele é indicada e realizada por cirurgiões plásticos. Existem diversos tipos desse procedimento, podendo ser realizadas combinadas ou isoladas.

Quando o paciente pós bariátrico deve realizar as reparadoras?

Esses procedimentos, irão retirar o excesso de pele e recuperar o contorno corporal do corpo, sendo considerada a fase final do tratamento da perda de peso. Para isso o paciente deve estar com o peso estabilizado, para que a cirurgia possa ser realizada com uma maior segurança, com um risco menor de complicações e melhores resultados. O período é de 1 ano a 2 anos, pós a cirurgia bariátrica.  

A reparadora, diferente de uma cirurgia plástica estética, tem o objetivo de corrigir as deformidades de nascença ou que foram adquiridas pelo paciente com o tempo, seja elas por excesso de peso, acidentes, traumas e outras. São consideradas necessárias como qualquer outra intervenção cirúrgica, procuram recuperar as funções do corpo e restabelecer a forma mais natural possível, o procedimento não é realizado como uma questão de vaidade e sim para restaurar a normalidade do corpo do paciente.

Qual cirurgia plástica o convênio deve cobrir?

Por regra, a legislação dita que os convênios não tem a obrigação de cobrir cirurgia plástica com a finalidade estética. Mas quando sua finalidade é de reparar o corpo do paciente o convenio deve cobri-las, como no caso das: cirurgia reparadora pós bariátrica, mamoplastia redutora e cirurgia de reconstrução de mamas de pacientes com câncer. Mas antes, o paciente deve verificar se o cirurgião plástico aceita ou não convênios para cirurgia.

Tipos de cirurgia reparadora pós bariátrica

Abdominoplastia

Essa cirurgia visa retirar o excesso de pele do abdômen, reduzindo o volume abdominal. Após a rápida perda de peso a pele do local fica flácida, formando a famosa barriga de avental. Ela é realizada em um método em que a pele é puxada e removendo a parte em excesso.

  • Lifting de braços e coxas

Nela, é removido o excesso de pele e gordura dos braços e coxas, esse excesso impossibilita o movimento natural dos membros, atrapalhando em atividades físicas e do dia a dia. A pele é esticada e remodelada para a posição natural do corpo.

  • Mamoplastia

Nesse procedimento, as mamas são reposicionadas em seu lugar natural, deixando o órgão com aspecto mais firme, ela pode ser feita sozinha ou com a colocação de silicone, assim aumentando o tamanho dos seios.

Recuperação pós reparadora

Na reparadora o paciente fica internado por volta de 1 dia, necessitando de repouso em casa por um período de 15 dias a 1 mês. O tempo dos procedimentos, duram em torno de 1 a 5 horas, nela é usada anestesia geral ou local, variando de acordo com o procedimento e técnica. Durante a recuperação, o paciente deve evitar esforços físicos, é medicado com analgésicos e deve retornar com o cirurgião plástico conforme o protocolo do mesmo.

Vale ressaltar, que apenas o cirurgião bariátrico pode liberar o paciente para realizar as cirurgias reparadoras, então mantenha seus retornos em dia, com toda a equipe multidisciplinar, para que não ocorra nenhum risco. 

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Procedimentos estéticos para pacientes bariátricos

Postado por Suzanclin em 17/jan/2022 - Sem Comentários

A cirurgia bariátrica é realizada em pacientes que apresentam quadros de obesidade mórbida ou em conjunto com outras comorbidades. Visando uma melhor qualidade de vida e eliminação do excesso de peso, a cirurgia é capaz de controlar o colesterol, os desconfortos físicos, a pressão arterial e entre outros problemas de saúde. Com isso a perda de peso do paciente pós cirúrgico acaba acontecendo muito rápido, assim o excesso de pele e a flacidez acabam se destacando, principalmente no abdômen, nas pernas e braços. Além das cirurgias plásticas, qual outro método para combater a flacidez e o excesso de pele?

Os tratamentos estéticos são grandes aliados para os pacientes bariátricos, existem alguns tratamentos que podem dar uma força na recuperação da pele pós cirurgia. Os procedimentos com estimuladores de colágeno são os mais indicados para essas situações, já que ele auxilia na manutenção da saúde da pele, veja algumas opções:

  • Radiofrequência – O procedimento emite correntes de onda eletromagnéticas, sendo assim o seu calor alcança as camadas mais profundas da pele, promovendo a produção do colágeno. Assim o procedimento previne e trata a flacidez da pele, deixando mais bonita e vigorosa. Os resultados podem aparecer já nos primeiros dias após a primeira sessão, mas o tratamento deve ser progressivo, sendo feito em várias sessões.
  • Massagem Modeladora e Drenagem Linfática – Essas duas massagens visam eliminar toxinas, a diminuição das inflamações e melhora da circulação sanguínea. Além disso, essas duas massagens aliviam a tensão e combatem a flacidez da pele.
  • Corrente Russa – Essa técnica funciona por meio de um aparelho de eletroestimulação, promovendo contrações nos músculos, gerando um ganho de força e o aumento do volume muscular, melhora da circulação sanguínea e diminuição da flacidez.
  • Ultrassom Microfocado – Essa técnica aquece as camadas mais profundas da pele por disparos de ondas ultrassônicas, estimulando a formação de elastina e colágeno, dessa forma reduz a flacidez da pele. Por ser um ultrassom, a técnica possibilita o profissional visualizar o ponto exato dos tecidos que devem ser tratados, proporcionando melhores resultados. Vale lembrar que antes de optar por qualquer procedimento seja ele estético ou cirúrgico, você deve conversar com o seu cirurgião e um dermatologista, eles irão indicar o melhor tratamento para o seu caso.


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Balanço Geral 2021

Postado por Suzanclin em 31/dez/2021 - Sem Comentários

O ano de 2021 já está no fim e com isso trouxemos para nossos pacientes algumas dicas para colocar em prática a partir do ano que vem buscando uma vida com mais qualidade. Desde 2020 estamos combatendo o covid-19 e ele deixou muito claro para todos como a saúde é importante, agora é hora de aproveitar o fim de ano para refletir sobre sua vida e como ela está sendo levada. O fim do ano é também o melhor momento para planejar o novo ano que vem e as prioridades que deseja levar para o mesmo.

Não seja mais um daqueles que só vai à consulta médica quando está se sentindo mal! Se organize com a gente para viver um 2022 mais, saudável.

Seja você um paciente bariátrico ou não, o que vai te ajudar a cuidar da sua saúde é manter os acompanhamentos médicos em dia. Os famosos check-ups servem para avaliar sua saúde de forma completa, auxiliando na evolução do seu histórico clínico.

É recomendado fazer no mínimo um exame geral completo anualmente, mas para quem realizou a cirurgia bariátrica, é portador de alguma doença, ou possui histórico familiar patológico, esse tempo deve ser reduzido. É importante manter uma frequência com a equipe especializada, que irá contribuir para um diagnóstico detalhado sobre o funcionamento do seu corpo.

Deixamos aqui algumas dicas para se organizar nas suas consultas durante o ano e para uma rotina mais saudável.

Dicas para manter suas consultas em dia:

  • Agende suas consultas com antecedência para que não aconteça de não ter mais vaga, lembre-se de sempre anotar em mais de um lugar as datas dos retornos para não se perder.
  • Antes das suas consultas, faça uma lista dos sintomas e dúvidas que tiver, para não se esquecer dentro do consultório.
  • Tenha anotado o histórico da sua saúde durante os meses e anos, os medicamentos que utiliza e os procedimentos cirúrgicos que já realizou
  • Lembre se de sempre guardar seus exames e de mantê-los atualizados.

Dicas para uma rotina mais saudável:

  1. Pratique exercícios

Tenha uma rotina de exercícios frequentes, essa prática traz diversos benefícios para o corpo. A qualidade de vida de quem pratica exercícios aumenta consideravelmente, seja qual for a idade e exercício praticado. Os exercícios físicos irão te ajudar a evitar a hipertensão, a redução do colesterol ruim (LDL), prevenir a diabete, redução de doenças como ansiedade e depressão.

  • Mantenha-se no seu peso ideal!

Estar dentro do IMC adequado, vai muito além das questões estéticas. O excesso de peso aumenta os riscos de doenças como: hipertensão, colesterol, diabete, depressão, problemas respiratórios e entre outros.

  • Descanse com qualidade!

Ter uma boa noite de sono está diretamente ligado no funcionamento do corpo e da mente. Descansar adequadamente irá garantir que suas energias estejam renovadas para o dia seguinte, sem uma noite de sono adequada o estresse excessivo pode ocasionar doenças psicológicas. Entre os principais sinais do estresse, deve-se atentar nas alterações de humor, perda de apetite, problemas de atenção e ansiedade. Então busque relaxar, ter momentos de paz e tranquilidade, desconectar da loucura do dia a dia de vez em quando é o mais adequado.

Com essas dicas para manter sua saúde em dia, você vai perceber que manter uma qualidade de vida mais saudável é apenas uma questão de atitude. Ficou alguma dúvida? Entre em contato conosco por nossos meios de comunicação e não deixe de nos acompanhar no Facebook, Instagram e Youtube. Boas festas.

Como evitar os entalos?

Postado por Suzanclin em 13/dez/2021 - Sem Comentários

Um dos principais aspectos da cirurgia bariátrica é a diminuição do tamanho do estômago. E essa diminuição do estômago implica em diversas alterações na vida do paciente, uma delas é que a capacidade de armazenar alimentos será reduzida. Além disso, o intestino pode ser modificado a fim de reduzir a absorção de nutrientes do paciente.

Com essa redução da capacidade do estômago, caso o paciente não faça toda reeducação corretamente, surge a possibilidade da ocorrência de entalos, e eles são o tema do nosso Blog de hoje.

O entalo é uma situação bem desconfortável, que ocorre na maioria das vezes devido à alimentação inadequada do paciente e pode trazer dores no peito, estômago ou garganta.

Para vocês entenderem, vamos imaginar uma estação de metrô. Em uma situação normal, do dia a dia, o trem chega, todos os passageiros entram e ele deixa a estação. Porém caso o trem mude e passe a comportar 1% do que o trem anterior comportava, os passageiros acabarão enfrentando uma fila, pois a capacidade do trem é menor. No corpo do paciente funcionaria mais ou menos assim, sendo que o trem representa o estômago dele (que reduziu a capacidade) e as pessoas representam os alimentos. Caso ele continue comendo a mesma quantidade de alimento, ou pelo menos na mesma velocidade, ele provocará essa “fila”, fazendo com que o alimento entale (mesmo sendo pequeno). O entalo pode ocorrer também quando o paciente não corta/mastiga direito o alimento, porém esse segundo “tipo de entalo” afeta a população inteira, não é exclusivo de pacientes que realizam a bariátrica.

O que fazer caso o entalo aconteça?

Caso o entalo ocorra, pare de se alimentar imediatamente. Não insista com outra porção de alimento tentando desbloquear o caminho. Levante-se e procure respirar profundamente. Você pode dar uma caminhada para ajudar no desentalar o alimento.

O aumento da salivação durante o entalo é uma situação comum, visto que é uma maneira do organismo tentar se livrar do alimento situado em um local inadequado. Portanto, não se preocupe, apesar de não ser uma situação muito agradável.

Adicionalmente, você pode ingerir alguma bebida gasosa, como um refrigerante ou uma água com gás. Deste modo, o gás estimula a eructação (o famoso arroto), a qual pode ajudar na retirada do alimento preso.

Portanto, siga com atenção todas as recomendações médicas após a cirurgia bariátrica e evite desconfortos durante a alimentação.

  • Uma das regras mais importantes é que o paciente deve ingerir porções reduzidas de comida. Tente utilizar uma colher menor para que os alimentos cheguem à boca em baixa quantidade;
  • Comer devagar, mastigando bem os alimentos;
  • Evite ingerir alimentos muito sólidos, e caso o faça, tente acompanhá-los com algum molho ou algo que os deixe mais fácil de ser quebrado;
  • Se alimentar usando a ponta do garfo (ou talheres de bebê/sobremesa);
  • Prestar atenção enquanto come. Nosso cérebro não está “acostumado” com o novo estômago e as condições pós-cirúrgicas, portanto, tenha cuidado durante toda o processo de alimentação durante as refeições para manter a mastigação e a deglutição adequadas. Comer na frente da TV ou vendo algum vídeo pode prejudicar o paciente.

Após as dicas acima, fica mais claro perceber que o grande causador dos entalos no paciente são os antigos hábitos do mesmo. O paciente muitas vezes estava acostumado a comer mesmo quando não está com fome, por exemplo quando você está em casa e quando se da conta está abrindo a geladeira pela 3ª, 4ª vez, comer rápido e até exageradamente. Quando ele decide realizar a cirurgia já deve ter em mente que terá que criar novos hábitos mais saudáveis.

Portanto se você operou e está tendo entalos, procure comer mais devagar, mastigue melhor, coma porções menores e acima de tudo, procure identificar os momentos que está comendo devido à fome ou ao hábito de comer bastante.

5 Verdades sobre Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 06/dez/2021 - Sem Comentários

Como no post anterior trouxemos para vocês 5 mitos sobre a cirurgia bariátrica, hoje vamos falar sobre 5 verdades que também são bastante questionadas pelos nossos pacientes.

  • Meu cabelo poderá cair depois que realizar a cirurgia?
    Sim, é verdade, o cabelo e unhas dos pacientes podem cair, por mais que não seja uma regra. Essa queda de cabelos normalmente se dá a partir do 3 mês devido aos seguintes fatores: estresse cirúrgico, dieta restritiva logo após a cirurgia, alteração no sistema digestivo do paciente, consequentemente, alteração na absorção de vitaminas pelo paciente. Lembrando que o paciente recebe todas as orientações necessárias e a receita com as vitaminas para que, caso o paciente tenha queda de cabelos, ela seja mínima e pelo mínimo de tempo possível. A queda de cabelos começa nos 3 meses após a cirurgia e aos 6 meses já começa a diminuir significativamente. Lembrando que isso NÃO é regra, por mais que seja comum, não são todos pacientes que perdem cabelo.
  • É verdade que o paciente de cirurgia bariátrica deve tomar vitaminas para o resto de sua vida?
    Sim, é verdade. Quando o paciente realiza a cirurgia bariátrica, seu sistema digestivo é modificado, modificando também a absorção de alguns nutrientes. Como essa absorção é modificada, o paciente deverá tomar determinadas vitaminas em maior quantidade para suprir sua necessidade biológica. Importante lembrar que é muito melhor para o paciente passar anos tomando vitaminas e suplementos do que não optar pela cirurgia e continuar tomando remédios para pressão alta ou diabetes, por exemplo.
  • É verdade que a maior parte do peso o paciente perde nos primeiros dias de cirurgia?
    Sim, é Verdade! Nos primeiros 2 anos o paciente perderá em média de 30 a 50% do peso que tinha quando operou. 10% nos primeiros 30 dias, 20% nos primeiros 90 dias, 30% nos primeiros 180 dias e 40% nos primeiros 365 dias. Portanto, 10% no primeiro mês, mais 10% até o 3º mês, mais 10% até o 6º mês e mais 10% até completar o primeiro ano.
  • É necessário fazer uma avaliação médica detalhada antes de realizar a cirurgia?
    O paciente que pretende realizar a cirurgia bariátrica precisa passar pela avaliação de vários profissionais, que irão verificar se o procedimento é seguro para o paciente e se o mesmo está pronto para realizá-lo. Entre os profissionais que liberam o paciente para a cirurgia estão: o cirurgião, endocrinologista, cardiologista, nutricionista, psicólogo, fonoaudióloga, fisioterapeuta, pneumologista, entre outros.
  • O paciente terá recidiva da obesidade caso descuide da dieta e atividades físicas?
    Sim, também é verdade. A cirurgia é uma ferramenta que auxilia o paciente a perder peso, não é a garantia de que vai perder e não reganhar. Para o paciente se manter saudável a longo prazo é essencial que ele tenha uma dieta balanceada e também pratique alguma atividade física.

5 Mitos sobre Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 29/nov/2021 - Sem Comentários

Já faz pouco mais de 1 ano que iniciamos as postagens no nosso blog, sempre falado sobre a cirurgia bariátrica e trazendo diversos assuntos interessantes. Hoje traremos aqui 5 mitos existentes sobre a cirurgia bariátrica e suas explicações.

Antes de começar, é bom lembrarmos que o Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas no mundo (atrás apenas dos EUA) e também que o número de cirurgias metabólicas vem evoluindo nos últimos anos, fazendo com que cada vez mais seja mais importante orientar a população sobre esses procedimentos, explicando suas vantagens, aplicabilidades e riscos.

Ao escrever esse blog, consultamos os cirurgiões da Suzanclin e trouxemos 5 mitos sobre a cirurgia que a maioria dos pacientes costuma questionar preocupado, e elas serão mostradas a seguir:

  • A probabilidade do paciente ter complicações na cirurgia é maior que a de ter complicações devido à obesidade?
    Antes de começar a explicar, informamos que, por mais seguro que seja, qualquer tratamento médico tem eventos adversos. O risco de um procedimento nunca será zero. Porém, com o avanço tecnológico e das técnicas utilizadas em procedimentos, as chances de complicações reduziram muito. Estudos demonstraram que o risco da cirurgia bariátrica/metabólica é quase o mesmo de uma cirurgia rotineira da vesícula biliar. Além do risco da cirurgia ser baixo (0,2%), as complicações pós cirúrgicas também são incomuns devido ao acompanhamento pré-cirúrgico detalhado que é feito.
    Como o paciente normalmente é obeso mórbido, é importante saber que naturalmente ele possui comorbidades que afetam sua saúde (inflamação corporal, hipertensão, dificuldade em necessidades básicas como a respiração, etc). E já existem estudos confirmando que, após 20 anos, pacientes que não realizam a cirurgia mantém o peso alto, enquanto os que realizaram o procedimento diminuíram muito essa condição. Portanto, no longo prazo, o risco de permanecer obeso é bem maior do que o risco de realizar a cirurgia.
  • É recomendado realizar a cirurgia bariátrica quantas vezes eu quiser?
    Essa afirmação também é um mito, porém existem exceções que podem torna-lo verdade. Existem alguns casos raros em que o paciente não se adapta com o método cirúrgico realizado e realiza a conversão, por exemplo transformar um sleeve em um bypass. Porém via de regra não é permitido realizar a cirurgia bariátrica mais de 1 vez. Caso o paciente tenha realizado a cirurgia e recidivado a obesidade por não se alimentar e exercitar direito, ele deverá ir atrás da equipe multidisciplinar para realizar uma reeducação. Uma segunda cirurgia só será permitida quando o médico encontrar algum problema técnico no método (seja para converter em outro método ou realizar algum ajuste no procedimento). Muitos pacientes vêm atrás de outro procedimento por auto sabotamento, nesses casos não é realizado.
  • É verdade que após a cirurgia não poderei mais beber bebidas alcoólicas?
    Também é um mito. O paciente poderá beber bebidas alcoólicas normalmente, embora possivelmente ele irá beber menos por dois motivos. A velocidade maior do sistema e a mudança de alguns locais de absorção. A cirurgia bariátrica irá alterar o sistema digestivo do paciente, fazendo com que o alimento passe mais rápido pelo estômago e intestino, isso também vale para o álcool, fazendo com que o paciente fique alterado mais rapidamente. Além disso, devido a essa alteração no sistema, a bebida chegará menos metabolizada no intestino para ser absorvida, portanto ela estará mais concentrada do que o habitual. Esses dois fatores unidos promovem uma absorção mais rápida de uma bebida mais concentrada, promovendo uma mudança na velocidade com que o paciente ficará embriagado. Saiba mais sobre esse assunto clicando aqui.
  • Não poderei mais ter filhos após a cirurgia bariátrica
    Mito. Após a cirurgia o paciente poderá sim engravidar, porém enviamos a ele uma orientação informando que será mais seguro engravidar após 1 ano e meio de operado. A restrição não tem tanto a ver com o procedimento e sua cicatrização em si, mas sim com a alteração hormonal e de absorção pela qual o paciente passa. É possível o paciente engravidar antes desse período e passar por uma gravidez normal, porém o ideal é esperar esses 1 ano e meio para minimizar os riscos
  • Após a cirurgia poderei comer a vontade que não irei engordar
    Essa também é uma das mais comentadas pelos pacientes. A cirurgia não irá impedir o paciente de comer bastante ou comer determinados alimentos. No começo o paciente tem dificuldade de comer muito devido ao novo tamanho do seu estômago (reduzido pela cirurgia), porém se o paciente ficar “forçando”, aos poucos voltará a comer tanto quanto comia anteriormente. A cirurgia é um meio para auxiliar o paciente a emagrecer, caso ele não se ajude obedecendo a uma dieta e passando a realizar atividades físicas, possivelmente ele irá reestabelecer o peso e os hábitos que ele tinha antes da cirurgia.

Ditos esses 5 mitos, reiteramos que a cirurgia é um trabalho em equipe. O fato mais importante da cirurgia não será o procedimento em si, mas sim a reeducação praticada pelos pacientes, essa sim irá trazer resultados ótimos a longo prazo. Caso possuam outras dúvidas, não deixem de nos perguntar por aqui ou via nossas redes sociais.

A Bariátrica pode ajudar quem tem refluxo?

Postado por Suzanclin em 22/nov/2021 - Sem Comentários

Uma queixa muito comum de pacientes obesos é a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), devido a isso, hoje o assunto do nosso Blog será o refluxo e como a cirurgia bariátrica ajuda a tratar essa doença.

Definir o refluxo é fácil, na teoria ele é o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago. Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante. Devido a alterações no esfíncter, esse conteúdo do estômago pode voltar ao esôfago do paciente, caracterizando o refluxo. A acidez irrita a parede do esôfago e causa a doença. Os principais sintomas são azia, regurgitação, perturbação do sono, dor no peito, comprometimento vocal e complicações respiratórias.

Caso você possua algum desses sintomas, a doença pode ser diagnosticada pela realização de endoscopia digestiva alta e também pHmetria. Por meio desses exames é possível ter um diagnóstico definitivo.

Porém a partir do momento que a DRGE foi diagnosticada, quais as maneiras de tratá-la? O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico se baseia na administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago. Além disso, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos. Já a cirurgia pode ser realizada de maneira convencional ou por laparoscopia e está indicada nos casos de hérnia de hiato, para os pacientes que não respondem bem ao tratamento clinico ou quando é necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo.

Outro fator importante de ser ressaltado é o de que pacientes obesos possuem maior incidência de refluxo, e algumas vezes, o tratamento cirúrgico da obesidade, também afeta o refluxo dos pacientes. Em alguns procedimentos (como na cirurgia de bypass gástrico em Y-de-Roux), a perda de peso também é acompanhada pela resolução dos sintomas do refluxo (DRGE). No entanto, outras cirurgias bariátricas populares, como a Gastrectomia Vertical, têm um impacto controverso sobre seu efeito no refluxo.

Hoje já existem evidências de que há uma clara redução nos sintomas de refluxo ou resolução da DRGE na maioria dos pacientes pós-cirurgia de Bypass Gástrico. Estudos de pacientes com DRGE pré-operatória demonstraram que 96% dos seus pacientes apresentaram melhora ou resolução dos sintomas após o Bypass Gástrico (BGYR). Acredita-se que essa alteração venha do desvio da bile do estômago, promovendo perda de peso, diminuindo a produção de ácido na bolsa gástrica, diminuindo a população de células parietais, acelerando o esvaziamento gástrico e diminuindo a pressão abdominal sobre o Esfíncter Esofágico Inferior. Sendo assim, o Bypass gástrico poderia tanto tratar a obesidade quando o refluxo desse paciente.

Já no caso do Sleeve gástrico (Gastrectomia vertical), foi notado um aumento da incidência de doença do refluxo. Por mais que dentro do cenário dos procedimentos bariátricos o sleeve venha sendo cada vez mais comum, para tratar a DRGE ele não se mostra efetivo, pelo contrário. Ao analisar os resultados pós operatórios, notou-se que de 8,6% a 47% dos pacientes apresentaram sintomas do refluxo após a cirurgia.

De acordo com uma revisão retrospectiva do Bariatric Outcomes Longitudinal Database, pacientes obesos mórbidos com Doença do Refluxo apresentaram antes da cirurgia resolução dos sintomas em 16% nos pacientes que realizaram a Gastrectomia Vertical enquanto os que fizeram Bypass tiveram melhora bem mais significativa, chegando a 63%.

Portanto, chegamos à conclusão que, a depender da técnica utilizada, o paciente poderá ou não ter melhora do seu quadro de DRGE. Então, caso o paciente apenas seja afetado por refluxo (não acompanhado de obesidade), ele deverá tratar essa comorbidade, já nos casos em que o paciente é obeso mórbido e já está trilhando o caminho para realizar a bariátrica, torna-se importante conversar com seu médico e relatar o refluxo, uma vez que a depender da técnica utilizada, é possível que seu refluxo tenha remissão completa.

O que você precisa saber sobre Diabetes

Postado por Suzanclin em 15/nov/2021 - Sem Comentários

Como uma das comorbidades mais comuns de encontrar em obesos é a diabetes mellitus do tipo 2, hoje nosso blog será focado na doença e em seus tratamentos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o diabetes afeta cerca de 250 milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes afirmou que, em 2019, mais de 13 milhões de pessoas viviam com a doença, sendo esse um número com potencial de crescimento. O dado é assustador, uma vez que as doenças crônicas não transmissíveis (como diabetes), são responsáveis por mais de setenta por cento das mortes.

Sabe-se também que atualmente o diabetes está cada vez mais presente em crianças e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, o número de crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus do tipo 2, principalmente na faixa compreendida entre os 8 e os 18 anos, tem crescido muito, por conta do aumento da prevalência da obesidade e do sedentarismo nessa faixa etária. De acordo com dadosda American Diabetes Association (ADA), há 50 anos o diabetes tipo 2 representava menos de 3% de todos os novos casos diagnosticados entre crianças e adolescentes. Hoje ele é responsável por até 30% dos casos registrados. No grupo dos adolescentes, segundo um estudo publicado no Journal of Pediatrics, a incidência do tipo 2 ultrapassa os 45% dos novos casos de diabetes.

O aumento no número de crianças com diabetes, principalmente do tipo 2, pode ser uma consequência direta dos maiores índices de obesidade, bem como do sedentarismo e do estresse desenvolvidos ainda na infância. O aumento no número de casos de diabetes na infância e na adolescência também é um reflexo da epidemia mundial de obesidade, decorrente do consumo excessivo de alimentos industrializados e pouco saudáveis, e também do aumento do sedentarismo dos jovens, muitas vezes associado ao aumento do uso de ferramentas tecnológicas.

O Dia Mundial do Diabetes foi uma data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar a conscientização a respeito da doença, principalmente para evidenciar a importância da prevenção e oferecer alternativas para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

O que é?

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica provocada pela falta ou incapacidade de utilizar a insulina adequadamente. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por controlar a quantidade de glicose no nosso sangue ou, em outras palavras, os níveis de açúcar.

Quais são os tipos?

Apesar de ter a mesma essência, existem algumas particularidades que dividem o diabetes em mais de um tipo. De acordo com o ministério da saúde, esses são os principais:

  • Tipo 1: O próprio sistema imunológico da pessoa ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% das pessoas com diabetes, sendo mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância e adolescência.
  • Tipo 2: Resulta da resistência à insulina. Ou seja, o corpo não produz uma quantidade suficiente do hormônio ou existe uma incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo mais comum em adultos ou em pessoas acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação.
  • Diabetes Gestacional: Decorrente das mudanças hormonais, a ação da insulina pode ser reduzida durante a gestação. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar. Essa é uma condição que pode ou não persistir após o parto.
  • Pré-diabetes: Condição caracterizada pelo nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve de alerta, pois indica um risco grande da doença se desenvolver.

Qual o risco da doença?

A glicose é obtida por meio dos alimentos que ingerimos todos os dias. Eles são a nossa principal fonte de energia. O corpo precisa da insulina para conseguir metabolizar a glicose adquirida nesse processo, quando uma pessoa tem diabetes, ela não consegue utilizar a glicose adequadamente, provocando um déficit na metabolização desse carboidrato. Esses casos são caracterizados por hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) de forma permanente, condição que pode provocar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos do paciente.

Como identificar?

Qualquer um pode ter diabetes, mas é importante analisar alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como:

  • presença de pessoas com diabetes na família
  • comportamentos sedentários
  • obesidade
  • hipertensão arterial
  • idade acima de 45 anos.

Além disso, alguns sintomas podem indicar a presença da doença. São eles:

  • fome frequente
  • sede intensa
  • desânimo
  • fraqueza
  • sonolência
  • tontura
  • perda de peso
  • urina em excesso
  • dificuldade na cicatrização de feridas e infecções frequentes.

É importante lembrar que, para cada tipo do diabetes, os sintomas podem variar. Portanto, nada substitui uma avaliação médica. Um simples exame de sangue pode revelar se você tem ou não.

Como tratar? Existe cura?

O diabetes não tem cura. O que pode acontecer é que a pessoa passe a apresentar, durante ou depois de um tratamento, níveis controlados de açúcar no seu sangue, que podem até serem níveis normais. Depois de diagnosticada, o tratamento do diabetes poderá ser feito tanto com insulina quanto com a medicação oral. Segundo o Ministério da Saúde, a insulina costuma ser usada para tratar o diabetes do tipo 1, embora sirva para alguns casos de tipo 2, como quando o pâncreas começa a não produzir mais o hormônio em quantidade suficiente.

Já a medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, algumas complicações podem surgir se o diabetes não for tratado de forma adequada. São elas: problemas neurológicos, na visão, nos rins, nos pés e nas pernas, além de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar na qualidade de vida. 

A alimentação é uma aliada importante no controle e prevenção de diversas doenças, entre elas o diabetes, alimentos in natura e minimamente processados, evitam o consumo de ultraprocessados que são ricos em gorduras, sal, açúcar e aditivos químicos. Além disso, a prática de atividade física ajuda a controlar a glicemia, manter o peso saudável e controlar o estresse, fatores que também contribuem para a evolução da doença. Ter uma vida fisicamente ativa e uma alimentação saudável é fundamental, tanto para prevenir quanto para controlar o diabetes.

Cirurgia Bariátrica e Libido

Postado por Suzanclin em 08/nov/2021 - Sem Comentários

Dentre os diversos fatores da cirurgia bariátrica que mudam após o procedimento, a vida sexual do paciente também costuma passar por uma grande mudança, e esse será o assunto do nosso Blog de hoje.

Após realizar a cirurgia, o paciente terá sua vida social impactada principalmente por 2 motivos, o primeiro é hormonal e o segundo de auto estima.

Em relação ao fator hormonal, diversos fatores influenciam a pessoa obesa a ter queda na sua libido. A baixa autoestima e o desequilíbrio dos hormônios são os principais motivos para a queda do desejo sexual em obesos (além do efeito colateral de alguns medicamentos). Pessoas obesas costumam produzir leptina em excesso, essa substância exerce ação direta nas células do testículo, local onde é produzida a testosterona (hormônio responsável pela libido tanto em homens quanto em mulheres), se o hormônio estiver em quantia alta, desequilibra a testosterona, afetando o desejo. Além disso, também para homens, existe uma enzima chamada aromatase responsável por transformar testosterona em estradiol (hormônio feminino), homens obesos possuem essa enzima em maior quantidade, comprometendo a sexualidade de todo o organismo.

Para as mulheres, a obesidade traz níveis reduzidos de estrogênio, diminuindo a libido e podendo afetar outros fatores como o tamanho das mamas, ciclo menstrual e aumento da TPM. Além disso, a resistência à insulina, que pode causar a síndrome dos ovários policísticos (SOP), condição que leva à infertilidade. Ao emagrecer, o paciente passa a ter um metabolismo mais saudável, não passando por todos esses problemas citados.

Em relação à autoestima, diversos fatores alteram também a libido. A alteração da autoestima interfere na produção hormonal e também no estilo de vida da pessoa. Normalmente ao emagrecer, o paciente passa a se alimentar bem e também realizar atividades físicas, fazendo diferença para o corpo e também para o emocional, estimulando o aumento da libido. Quando o paciente se sente mais seguro em relação ao seu próprio corpo, naturalmente a vontade de fazer sexo aumenta.

Além disso, os pacientes apresentam menos limitações relacionadas à saúde durante o sexo, o que contribui para o aumento do desejo sexual.

Após a cirurgia, a libido da paciente irá aumentar?

Não necessariamente, cada caso é um caso. Os fatores hormonais e de autoestima influenciam positivamente, porém em alguns casos acontece de a autoestima da paciente piorar devido ao emagrecimento rápido e ocorrência de sobras de pele.

Porém no caso de uma alteração negativa na libido, o que fazer? É interessante a mulher procurar um ginecologista e o homem, um urologista para investigar. Um psicólogo ou psiquiatra também pode ser uma opção.

Entre as mulheres é deve ser levado em consideração trocar o anticoncepcional (normal depois de uma bariátrica), uma vez que o uso ou não de método hormonal é diretamente ligado à questão da libido.

Porém a conclusão é que o mais comum é a bariátrica resultar em uma melhora da libido, principalmente pela elevação da autoestima e pelo controle de comorbidades, mas é importante lembrar que cada pessoa reage de uma forma. Fatores hormonais, físicos e psicológicos podem gerar o efeito contrário e acabar acarretando na diminuição da libido.

Foi apresentado um estudo na Obesity Week, encontro anual realizado pela American Society for Metabolic and Bariatric Surgery (Sociedade Americana para Cirurgias Metabólicas e Bariátricas, na tradução literal) e pela The Obesity Society (Sociedade da Obesidade, também em tradução literal) sobre a alteração trazida na vida sexual do paciente.

Para realizar a pesquisa, duas mil pessoas foram abordadas sobre suas vidas sexuais depois de cinco anos de cirurgia bariátrica. Um ano depois do procedimento, os pacientes demonstraram mais apetite e desejo sexual e mais satisfação com suas performances, além de menos limitações relacionadas à saúde durante o sexo.

O estudo revelou, ainda, que depois de cinco anos pós-cirurgia, 52% das mulheres e 58% dos homens mantém relações sexuais muito mais satisfatórias do que 31% e 28% daqueles que ainda não realizaram o procedimento, respectivamente.

Saúde do Homem x Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 01/nov/2021 - Sem Comentários

O mês de novembro é lembrado pela cor azul, relacionado ao combate do câncer de próstata e também sobre a importância dos homens cuidarem de sua saúde. Por este motivo, hoje vamos falar sobre a saúde do homem e que benefícios a cirurgia bariátrica pode trazer.

Escrevemos sempre sobre a obesidade aqui e não é novidade para ninguém que ela traz consigo diversas patologias e alterações na vida das pessoas, mas será que existe alguma desvantagem exclusiva para os homens?

Obesidade e Saúde do Homem

A obesidade é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde pública pois reduz a expectativa de vida e possui várias de doenças relacionadas, as tão faladas comorbidades. Porém falando especificamente do homem, podemos incluir:

  • Maior risco de aterosclerose (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias);
  • Diabetes;
  • Síndrome metabólica;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica;
  • Problemas cardíacos;
  • Disfunção erétil (impotência sexual).

Além disso, a obesidade é um dos principais fatores relacionados à andropausa, condição multifatorial caracterizada pela queda dos níveis de testosterona em homens, também conhecida como hipogonadismo.

Cirurgia Bariátrica em Homens

Mas você sabia que apesar de todos estes riscos que a obesidade traz para a saúde do homem, ainda existe uma relutância maior que as mulheres em relação à realização da cirurgia bariátrica?

Um estudo da UC Davis publicado em 2013 (na revista “Surgical Endoscopy”), conduzido nos EUA, mostrou que mulheres são quatro vezes mais propensas do que homens a procurarem a cirurgia bariátrica. Por isso, quando pessoas do sexo masculino optam pelo tratamento cirúrgico da obesidade, costumam ser mais velhos, mais obesos e apresentam mais complicações decorrentes da doença. Nesse estudo os pesquisadores coletaram informações de 1.386 pacientes entre 2002 e 2006, sendo que 82% eram mulheres.

Esses pacientes do sexo masculino:

  • Tinham mais complicações relacionadas ao peso em um grau maior de seriedade;
  • Eram mais propensos a ter hipertensão, diabetes, apneia do sono e síndrome metabólica.
  • Tinham IMC maior e chances aumentadas de obesidade grau IV;
  • Eram em média dois anos mais velhos do que as mulheres e com chances maiores de terem mais de 50 anos.

No Brasil, apesar de o índice de obesidade ser semelhante entre mulheres (19,6%) e homens (18,1%), de acordo com o último relatório VIGITEL do Ministério da Saúde, o número de mulheres que procuram por cirurgia bariátrica no Brasil é muito maior. Segundo dados da SBCBM, dos 105.642 procedimentos realizados em 2017 no País, 75% foram em mulheres.

Portanto, por mais que o procedimento também possua vantagens para os homens, ele é muito menos popular entre o gênero, sendo que a cirurgia possui também algumas vantagens notadas apenas no sexo masculino.

Estudos revelam que o procedimento também pode auxiliar com o aumento da fertilidade nos homens.  A perda ponderal de peso promovida pela cirurgia bariátrica auxilia na regularização das funções hormonais do homem (influenciando a qualidade e quantidade do esperma), contribuindo com o aumento na fertilidade nesses pacientes.

Além disso, outro estudo feito nos Estados Unidos acompanhou os indivíduos durante um, três, seis e doze meses após a cirurgia bariátrica. Passado o período de um ano, detectou-se que os níveis de testosterona total urinário aumentaram significativamente três meses após a cirurgia e permaneceram assim ao longo do estudo.

Portanto os resultados obtidos até hoje mostram a efetividade do procedimento no tratamento da doença e melhora de vida do paciente. Portanto se você é homem ou mulher e se encontra em um estado de obesidade mórbida com indicação cirúrgica, não deixe de ao menos ir a uma consulta para se informar e entender os benefícios que ele pode te trazer. Na maioria dos casos, o paciente está mais em perigo de se manter obeso por mais tempo do que realizar o procedimento e acompanhamento para combater a obesidade.

Saiba mais sobre Cirurgia Bariátrica conosco clicando aqui.

Saúde Bucal e Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 25/out/2021 - Sem Comentários

Talvez você nunca parou pra pensar nessa relação mas sabia que existe uma relação bem importante entre a sua saúde bucal e a cirurgia bariátrica? Pois é, e nós escolhemos este Dia Nacional da Saúde Bucal pra falar sobre isso com vocês.

Sabemos que a saúde bucal é extremamente importante na vida de qualquer pessoa, porque ela influencia muito no modo com que você se alimenta e digere os alimentos, e justamente por isso alguns pacientes de cirurgia bariátrica necessitam ter um acompanhamento mais próximo de um dentista. Por exemplo, pacientes que tem mais de um dente perdido na mesma região, tem a passagem do alimento livre, impossibilitando que o ele mastigue, o fazendo optar por opções pequenas (podendo não ser suficiente).

Além disso, pacientes que comem errado normalmente tem uma saúde bucal prejudicada. A alimentação com alto teor de alimentos açucarados, como o leite condensado, vai ter uma consequência na saúde bucal, especialmente ligado à cárie dentária.

Vamos agora falar um pouco sobre quais cuidados você deve ter no pré e no pós-cirúrgico.

Pré-cirúrgico

O alto consumo de carboidratos e açúcares aliados a uma higiene bucal deficitária são fatores determinantes de problemas como cáries, problemas de canal e periodontais (osso e gengiva) podendo levar a futuras extrações dentárias e consequente perda da função mastigatória. Além disso, o diabetes, doença comumente associada à obesidade, favorece o desenvolvimento da doença periodontal com acentuada perda de dentes. Portanto é claro que a população obesa possui disfunções bucais com mais frequência que a população não obesa.

Por isso, é muito importante, desde o início do acompanhamento pré-operatório do paciente, a avaliação clínica, adequação de meio e orientações de higiene bucal nos pacientes que serão submetidos ao procedimento de redução de estômago. Mais importante ainda é quando a equipe médica trabalha em conjunto com o Dentista e o Nutricionista, áreas diretamente relacionadas com a ingestão de alimentos.

O acompanhamento pré-operatório se mostra importante também pois pacientes que têm baixa saúde bucal costumam preferir por alimentos líquidos. Nesse caso são oferecidos alimentos mais pastosos, com a quantidade suficiente de nutrientes. Além disso, é estimulada a mastigação.

Dicas para antes da cirurgia

  • Procurar um profissional de sua confiança, ou da equipe multidisciplinar que verificará as condições de saúde oral;
  • A avaliação inicial deve levar em conta a presença de cáries, focos de infecção (problemas periodontais e endodônticos), extrações e ausências dentárias;
  • Seguir com disciplina todas as recomendações passadas;
  • Iniciar o tratamento dentário assim que qualquer irregularidade for detectada.

Pós-cirúrgico

A mastigação incorreta é uma das causas de complicação para os pacientes após a cirurgia bariátrica, nosso cérebro leva até 20 minutos para entender que não estamos mais com fome. É necessário ter atenção no momento da alimentação e evitar atos como comer em frente à televisão, por exemplo.

Após a cirurgia é muito comum o relato de boca seca e dentes ásperos, assim como áreas irritadas e descamadas de tecido mole. Isso ocorre devido à diminuição da ingestão de líquidos nos primeiros meses pós cirurgia, até que o paciente se acostume com sua nova dieta.

Ingerir água é muito importante para a manutenção da fluidez da saliva. Quando o paciente bebe menos água, a saliva fica pastosa e dificulta a higienização adequada do meio bucal. Essa condição de diminuição do fluxo salivar favorece a irritação da mucosa bucal, que se manifesta como áreas avermelhadas, descamadas e doloridas, seja na gengiva, língua ou mucosa da bochecha. Com a menor produção de saliva, também ocorrem mudanças na capacidade de neutralização dos ácidos produzidos pelas bactérias cariogênicas e maior possibilidade de acúmulo de placa bacteriana e desmineralização da superfície do esmalte.

O acúmulo de placa também está relacionado com a dieta, no primeiro mês a dieta é menos consistente, o que diminui o atrito do alimento e a remoção mecânica grosseira da placa bacteriana que se acumula na superfície dental. Até que os alimentos sejam reintroduzidos e a consistência da alimentação deixe de ser líquida e/ou pastosa, o paciente vai relatar que os dentes estão ásperos.

Dicas para depois da cirurgia

  • É necessário reaprender a mastigar e triturar os alimentos devido à nova condição estomacal, muito reduzida. Proteínas e carnes são a base da alimentação no pós-operatório. Boa dentição resulta em boa mastigação para alimentos mais consistentes;
  • Pacientes que perderam parcialmente os dentes deverão buscar a reabilitação para a efetiva mastigação;
  • Não descuide! Por ter que fazer refeições com maior frequência e mais prolongadas, pacientes operados podem ter maior risco de cáries. Os dentes precisam estar em ordem, pois serão utilizados de maneira mais efetiva;
  • Usuários de prótese total, devido ao emagrecimento, deverão fazer reajustes. A prótese tende a folgar e dificultar a mastigação;
  • Criar o hábito de consultar o dentista regularmente (duas vezes ao ano). Prevenção é fundamental.

Qual o papel do Dentista na sua nova realidade?

Como já deu pra perceber o dentista é um grande aliado para o seu processo bariátrico também. Ele vai te orientar e ajudar a manter sua saúde bucal em dia o que vai ajudar também no pós-cirúrgico. Veja qual o papel deste profissional na sua nova realidade:

  • Adequar o meio bucal por meio de raspagens e polimento dental;
  • Identificar e tratar lesões de cárie;
  • Orientação de higiene: técnicas de escovação, aplicação tópica de flúor e prescrição de enxaguatório bucal sem álcool e utilização do fio dental;
  • Esclarecer o paciente sobre as alterações bucais decorrentes da mudança alimentar do paciente: boca seca, gengiva irritada, áreas descamadas, etc;
  • Orientar o paciente quanto à ingestão de líquidos e a relação da hidratação com a qualidade da saliva;
  • Exame de tecidos moles para verificar lesões pré-existentes;
  • Acompanhamento radiográfico das superfícies interproximais, em especial de molares e pré-molares após a realização do procedimento cirúrgico;
  • Acompanhamento clínico do paciente após a cirurgia, com revisões periódicas, em especial durante o período de mudança de dieta (líquida, pastosa, branda) até que ela se normalize.

Ficou alguma dúvida? Converse com seu cirurgião bariátrico e peça mais informações sobre o assunto.
Para saber como funciona a cirurgia bariátrica conosco, clique aqui.

Suzanclin Vivalight
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Existem contraindicações para realizar a Bariátrica?

Postado por Suzanclin em 04/out/2021 - Sem Comentários

A cirurgia bariátrica é um dos, se não for o melhor, meio de tratamento rápido da obesidade ou de comorbidades que a mesma traz, mas é importante lembrar que nem todo paciente pode realizar a cirurgia. Pensando nisso, hoje trouxemos um explicativo para vocês sobre as contraindicações para a cirurgia bariátrica.

Então vamos lá, existe uma diferença entre o paciente que não possui a indicação cirúrgica e o paciente que possui contraindicação. Quando falamos que um paciente não possui indicação cirurgia, significa que ele não tem os pré-requisitos para realizar a cirurgia bariátrica. Já os pacientes que possuem contraindicação são os pacientes que não podem realizar a cirurgia por algum outro motivo (mesmo que possuam alguns dos requisitos pré-cirúrgicos).

As contraindicações da cirurgia bariátrica hoje se referem a pacientes que tem alta propensão a não seguir as instruções pré e pós cirúrgicas e também é contraindicada para pacientes que possam vir a correr algum risco adicional não justificável no procedimento. Portanto, dentre as contraindicações podemos citar:

  • Pacientes com depressão endógena, alcoólatras e usuários de drogas;
  • Pacientes que, devido à instabilidade emocional e/ou psicológica, considerem impossível realizar o acompanhamento e a obediência às instruções dietéticas pós-operatórias;
  • Crianças e adolescentes (exceto em situações médicas especiais);
  • Mulheres grávidas;
  • Pacientes com hérnia hiatal volumosa, varizes esofágicas, doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco;
  • Pacientes com doença cárdio-pulmonar severa e descompensadora que influenciem a relação risco-benefício;
  • Pacientes que tenham tido ou suspeitado de alguma manifestação alérgica a algum dos componentes do sistema.

É importante notar que a grande maioria desses casos citados poderá esperar um tempo e realizar a cirurgia após esse fator que o impedia ter sido resolvido. A nossa saúde não é brincadeira e, uma vez que a cirurgia possa te trazer algum prejuízo em relação ao estado anterior à mesma, iremos suspender o processo e entender como fazer para esse paciente não sofrer esse prejuízo.

Se você tem interesse em realizar a cirurgia bariátrica mas não sabe se é ou não pra você, confira os pré-requisitos e agende sua consulta de avaliação. Nossos profissionais vão avaliar o seu caso e te ajudar a ver qual o melhor tratamento no seu caso. Com certeza nossa equipe vai te ajudar a encontrar a melhor solução.

 

 

Cirurgia Bariátrica em idosos

Postado por Suzanclin em 27/set/2021 - Sem Comentários

Hoje em homenagem ao dia nacional do idoso e da terceira idade, viemos falar um pouco sobre a obesidade em pessoas idosas. Conheça alguns dados interessantes e também quais critérios necessários a realização da cirurgia bariátrica em idosos.

Obesidade x Terceira Idade

  • Em 2015, nos EUA, um estudo realizado demonstrou que na faixa de 60 a 69 anos, 42,5% das mulheres e 38,1% dos homens eram obesos. Já entre 70 e 79 anos, 31,9% das mulheres e 28,9% dos homens encontravam-se nesta condição;
  • No Brasil, em pessoas acima de 65 anos a prevalência de obesidade era de 8,7% entre os homens e de 16,1% entre as mulheres;
  • Em 2018, a prevalência de obesidade tem aumentando progressivamente (mesmo entre a população mais velha). Houve aumento de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018;
  • A expectativa de vida tem aumentado gradativamente e muda muito dependendo da região onde a pessoa mora. Em Santa Catarina, por exemplo, a expectativa de vida é 79 anos e em outros estados é 72. Então, fazer a cirurgia com 60 anos ou mais pode significar viver mais e melhor

Cirurgia Bariátrica em idosos
Já dissemos que o assunto abordado hoje será a cirurgia bariátrica em idosos.
Para começar, quem são considerados esses pacientes idosos? Bom, é importante ressaltar que a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 35 kg/m2 que tenham complicações como síndrome da apneia do sono (SAOS), hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melito (DM), dislipidemia e doenças articulares degenerativas e para pacientes com IMC maior ou igual a 40 kg/m2 que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico.

No caso de pacientes idosos (acima de 65 anos de idade), o critério é o mesmo que o para pacientes jovens, porém que depois dessa idade os riscos aumentam devido à defesa do organismo do paciente (pior nessa idade) e também com a tendência natural que o paciente tem de perder massa magra, após realizar a cirurgia bariátrica essa perda se torna maior ainda. Isso mostra a importância do acompanhamento nutricional sério desenvolvido com o paciente.

Não existe limite de idade para realizar a cirurgia bariátrica?
Na teoria não existe uma data limite para a cirurgia, o que existe é um consenso entre os profissionais de que os pacientes com mais de 65 anos devem ser avaliados com mais cuidado que os outros pacientes mais jovens. Nessa idade, o paciente começa a passar por um certo declínio funcional, esse faz com que o número de doenças comece a aumentar com frequência, isso pode vir a dificultar qualquer procedimento cirúrgico.

O que é avaliado?
Além de avaliar se o paciente consegue passar por um procedimento cirúrgico seguro, é avaliado o benefício dessa cirurgia (uma vez que o ser humano possui uma expectativa de vida). A avaliação da qualidade óssea também é necessária, principalmente em mulheres. Portanto, vale a pena realizar a cirurgia visto o tempo que o paciente terá de vida (sem os sintomas que tinha), o tempo de recuperação cirúrgica e o risco de realizar um procedimento cirúrgico em uma pessoa com mais de 65 anos.

O paciente realizará qual método cirúrgico?
As técnicas cirúrgicas escolhidas devem ser as que apresentam a menor redução na capacidade de absorção dos alimentos, lembrando sempre que a ingestão de proteínas e de vitaminas é indicada para todos os pacientes bariátricos.

Um estudo publicado no periódico Obesity Surgery que teve como objetivo avaliar os resultados da cirurgia bariátrica em pacientes idosos mostrou que em um total de 23 pacientes com idade média de 72 anos (faixa de 70 a 80 anos) e IMC médio de 43,3 (faixa de 37,3 a 56,0), a média de 1 ano de perda total de peso foi de 29%, e isso foi mantido nos acompanhamentos posteriores. O percentual de perda de peso excedente em 1 ano foi de 60%, mantido a longo prazo em 61%.

O estudo concluiu que o procedimento RYGB laparoscópico é um tratamento seguro e eficaz para a obesidade e comorbidades relacionadas a mesma em idosos com idade ≥ 70 anos. Outro estudo deles, teve como objetivo realizar uma revisão sistemática e metanálise para avaliar se em pacientes idosos que necessitam de cirurgia bariátrica, a Sleeve é melhor que RYGB em termos de segurança, perda de peso e controle de comorbidades.

Esta metanálise envolveu dezenove estudos. As pesquisas mostram que as taxas de complicações precoces e tardias no RYGB foram muito mais altas do que aqueles na Sleeve. Porém o RYGB foi melhor que o Sleeve em termos de remissão da hipertensão arterial e o resultado da perda de peso após 1 ano, enquanto não houve diferenças em termos de remissão do diabetes tipo 2 e apneia obstrutiva do sono, bem como perda de peso durante 2 e 3 anos de acompanhamento.

O estudo concluiu que o Sleeve pode ser melhor opção que o RYGB para pacientes idosos, mesmo demonstrando ser inferior ao RYGB em termos de eficácia, é mais seguro que o RYGB, pois obteve menos complicações precoces e tardias, menor taxa de readmissão, taxa de reoperação e mortalidade em 30 dias.

Agora que sabemos a idade para realizar o procedimento, seu risco e os métodos, qual a eficácia da cirurgia em pacientes idosos?

Sabemos que as incidências de hipertensão, diabetes e síndrome metabólica estão positivamente correlacionados com idade e índice de massa corporal (IMC). A cirurgia bariátrica é a única opção de tratamento com perda de peso sustentável e resolução de propostas entre pacientes com obesidade mórbida. Entre todos pacientes com obesidade mórbida, os idosos apresentam um desafio de tratamento para cirurgiões bariátricos.

Apesar de estudos citarem que a morbimortalidade (taxa de mortalidade e morbilidade) é maior nos com mais de 65 anos, as evidências mostram que entre 60 e 65 anos pode ser realizada operação com morbimortalidade igual aos mais jovens. Os com mais de 65 anos, estes sim, devem ser avaliados clinicamente ainda com maior cuidado, verificando-se o real risco/ benefício da operação. A melhor performance com as técnicas operatórias e manejo perioperatórios levou à diminuição da morbimortalidade. O bypass gastrojejunal em Y-de-Roux é o procedimento mais realizado, proporcionando perda de peso significativa e sustentada em longo prazo. Vários investigadores publicaram seus bons resultados em relação à segurança e eficácia nos mais velhos. A gastrectomia vertical evoluiu consideravelmente desde a sua introdução inicial como operação preliminar, e hoje como operação definitiva em pacientes de alto risco. Tem em sua técnica a vantagem de manter o trânsito duodenal, o que é benéfico para pacientes idosos que não teriam os inconvenientes de disabsorção que ocorre no bypass em Y-de-Roux.

Para finalizar, é importante ressaltar que, para além dos ganhos metabólicos, os benefícios na esfera mental também são visíveis, como menor prevalência de sintomas depressivos, ansiosos, de abuso do álcool e de compulsão alimentar. Além disso, é possível concluir que a melhora clínica das comorbidades, redução do uso de medicamentos e melhora da qualidade de vida são significativos após operação bariátrica em pacientes mais velhos com perda de peso bem sucedida.

Portanto, note que a interferência em alguma atividade funcional está mais relacionada com o IMC do que com a idade. Com base nesta observação, quanto maior o IMC maior o benefício ao idoso depois da operação, deve-se focar no IMC elevado em vez da idade na indicação de tratamento cirúrgico em idosos.

Muitas vezes esse procedimento pode ser essencial para o idoso, fazendo com que ele, além de aumentar a expectativa de vida, aumente a qualidade de vida nesse trecho restante de sua jornada.

 

Cirurgia Metabólica x Cirurgia Bariátrica

Postado por Suzanclin em 20/set/2021 - Sem Comentários

Você já ouviu falar em Cirurgia Metabólica? Hoje vamos te explicar o que é, qual a diferença entre a cirurgia bariátrica e metabólica e quais seus benefícios.

O que é a cirurgia metabólica?
A  metabólica é basicamente um procedimento cirúrgico que é utilizado para controlar/curar algumas doenças endócrinas de pacientes. Um grande exemplo de uma doença que pode ser controlada com a cirurgia é a Diabetes mellitus do tipo 2.

Alguns pacientes optam por esta cirurgia porque a diabetes ainda é muito difícil de ser controlado. Os diabéticos não controlados são pessoas com diabetes tipo 2 que não conseguem manter os níveis de glicose no sangue dentro dos padrões desejados. Importante dizer que essas pessoas não se tornam diabéticos não controlados do dia para a noite. Geralmente, são muitas as tentativas fracassadas de controlar a doença. Essas tentativas podem incluir diversos tipos de dietas, exercícios físicos e tratamentos clínicos, incluindo o uso de medicamentos injetáveis diariamente.

Muitos pacientes não conseguem obter os objetivos desejados seguindo métodos tradicionais. Como o diabetes é uma doença progressiva, essa é uma atitude que coloca em risco a saúde da pessoa, pois a doença tende a evoluir para quadros mais graves. Além disso, o custo do tratamento clínico para diabetes é alto. Como é uma doença crônica, o uso regular de medicamentos pode se tornar financeiramente inviável para muitos pacientes.

A cirurgia metabólica vem com o intuito de tratar esses pacientes diabéticos e evitar vários desencadeamentos como problemas da retina (podendo levar a cegueira), problemas nos rins (podendo levar até mesmo à necessidade de transplante renal/hemodiálise) e problemas cardiovasculares, que são a principal causa de mortalidade nos pacientes com diabetes.

Qual a diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica?
Nas duas cirurgias, a técnica é basicamente a mesma. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa principalmente o controle da doença. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo principal a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano. A cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos de curto, médio e longo prazo, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular.

O que a cirurgia metabólica pode curar/auxiliar?
Através da cirurgia metabólica é possível controlar as seguintes doenças:

  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Colesterol;
  • Esteose Hepática;
  • Diabetes;
  • Dislipidemia;
  • Esofagite;
  • Apneia do sono.

Qual a melhor técnica para a cirurgia metabólica?
Como dito anteriormente, a técnica cirúrgica utilizada é a mesma tanto para a cirurgia metabólica quanto para a bariátrica. Porém o Conselho Federal de Medicina (CFM) normatizou que a cirurgia metabólica indicada para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 se dará, prioritariamente, pelo bypass gástrico com reconstrução em Y-de-Roux (BGYR). Porém em casos de contraindicação ou desvantagem do Bypass, a gastrectomia vertical (Sleeve) será a opção disponível. Nenhuma outra técnica cirúrgica é reconhecida para o tratamento desses pacientes.

Quem pode realizar a cirurgia metabólica?
Para realizar a cirurgia metabólica, o paciente deverá cumprir os seguintes requisitos:

  • Ter diabetes mellitus tipo 2 e ter IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m²;
  • Ter mais de 30 anos e no máximo 70 anos;
  • Ter diabetes miellitus tipo 2 há menos de 10 anos;
  • É necessário comprovar que o paciente já tentou outros tratamentos e não obteve sucesso;
  • O paciente não pode ter outras contraindicações para a cirurgia.

 

Mas afinal, depois de todos esses esclarecimentos, por que a cirurgia bariátrica começou a mostrar resultados positivos em pacientes com diabetes do tipo 2?

Os profissionais de saúde constataram que as transformações anatômicas realizadas pela cirurgia bariátrica provocavam o aumento significativo da quantidade de vários hormônios que atuam na regulação do açúcar e do metabolismo, além de controlar a fome e promover saciedade, provocando diversos efeitos benéficos no organismo.

Percebeu-se que, após a cirurgia bariátrica, havia uma diminuição dos hormônios associados à fome no estômago, ao mesmo tempo em que havia um incremento dos hormônios relacionados à saciedade no intestino. Ou seja, além de ter uma diminuição significativa do desejo de comer, a pessoa se sentia satisfeita com muito menos comida!

Dentre os benefícios que podem ser atribuídos à mudança na secreção desses hormônios está o controle ou até mesmo a remissão de várias doenças potencialmente graves, como:

  • Diabetes;
  • Hipercolesterolemia;
  • Hiperuricemia;
  • Hipertensão;
  • Esteatose Hepática;
  • Síndrome dos Ovários Policísticos;
  • Parte da Síndrome Plurimetabólica.

Gostou? Conseguiu entender certinho os benefícios da Cirurgia Metabólica? Esperamos que sim. Caso você queira saber mais sobre a cirurgia bariátrica, clique aqui.

6 perguntas sobre o consumo de bebidas alcoólicas pós-bariátrica

Postado por Suzanclin em 14/set/2021 - Sem Comentários

Você costuma tomar bebidas alcoólicas? Se sim e está pensando em fazer a bariátrica esse texto pode te interessar muito. E se você já realizou a cirurgia também já deve ter ouvido algumas coisas em relação a este tema. Muitos pacientes bariátricos tem algumas dúvidas em relação ao consumo de álcool no pós-cirurgia bariátrica, então  hoje viemos te esclarecer algumas coisas em formato perguntas e respostas. Vamos lá?

1- O paciente poderá continuar bebendo?
Depende. Logo após a cirurgia o paciente deverá ficar um tempo sem ingerir bebida alcoólica devido, principalmente, à cicatrização do seu sistema digestivo. Após esse período de cicatrização, o paciente pode ingerir bebida alcoólica, porém não é recomendado que faça. Após a readaptação do aparelho digestivo, caso o paciente ingira bebidas alcoólicas, promoverá uma concentração intensa de calorias e gás, o que pode dificultar o processo de emagrecimento. Também por isso, os refrigerantes também não são indicados.

2- Após a cirurgia, quanto tempo o paciente demorará para ser liberado pra beber?
Na Suzanclin, o consumo de álcool não é permitido no primeiro ano pós-cirurgia bariátrica, mas esse tempo pode variar de acordo com o paciente e as instruções do médico. Isso acontece porque o álcool pode danificar as mucosas do estômago e do intestino, além de reduzir a absorção de nutrientes tão importantes nessa nova fase.

É importante ressaltar que o problema com bebidas alcoólicas é a principal causa da recidiva de peso dos pacientes (atingindo em média 25% deles)

3 – Qual a quantidade que o paciente poderá beber a partir de agora?

Não é recomendado que o paciente ingira álcool após a cirurgia, porém o paciente poderá vez ou outra ingerir com moderação. Por mais que não tenha como saber exatamente a proporção, após a cirurgia, para cada copo de álcool que o paciente tomar, será como tomar 5 do mesmo (comparando ao período que o paciente não tinha operado ainda).

4- Qual a diferença do efeito da bebida alcoólica no paciente agora?
Tentando explicar com palavras fáceis de entender, a comida e a bebida basicamente vão para o estômago e lá ficam “esperando” ir para o intestino aos poucos, essa espera garante que a bebida seja parcialmente metabolizada antes de chegar ao intestino, portanto ao chegar lá, já está mais “fraca”, o que faz com que a pessoa fique bêbada de forma mais lenta e danificando menos seus órgãos (fígado por exemplo). Já ao realizar a cirurgia, a comida e a bebida “esperam” menos no estômago do paciente, assim ela chega ao intestino (onde será realmente absorvida) menos metabolizada, portanto mais pura. Isso faz com que o paciente absorva um álcool mais forte, que o deixará mais bêbado e mais rapidamente, além de aumentar o dano causado pelo álcool nos órgãos do paciente.

5- O álcool vai atrapalhar o paciente no reganho de peso também?
Sim. Além de o álcool ser bastante calórico e prejudicar o sistema digestivo do paciente, vários pacientes acabam exagerando no álcool pelo fato de, após a cirurgia, adotarem uma vida social mais agitada do que anteriormente ou até utilizam o álcool como forma de substituir o hábito de comer (visto que após a cirurgia o paciente come menos). Portanto é muito importante o paciente controlar bem sua relação com o álcool, afinal não adianta realizar a cirurgia para emagrecer e depois readquirir esse peso devido a outros hábitos adotados.

6- Quais os danos que ingerir álcool em exagero podem trazer?
– Irritação da mucosa gástrica, interferindo na digestão de alimentos;
– Sobrecarga do fígado, alterando a produção de enzimas para metabolizar;
– Diminuição de reservas e ou inibição da absorção e utilização de importantes nutrientes (vitaminas A, C, D, B1, B2, B3, B6, B12, ácido fólico, Magnésimo, Zinco, Ferro, Cálcio, Selênio), comprometendo o metabolismo energético e destoxificação hepática entre outras funções;
– Acidificando o intestino, modifica o equilíbrio da microbiota intestinal levando à disbiose;
– Desidratação do organismo por interferir na produção do hormônio que faz o corpo controlar a urina, sobrecarregando os rins do paciente.

 

Cirurgia Bariátrica ou Balão Intragástrico? Qual procedimento escolher?

Postado por Suzanclin em 30/ago/2021 - Sem Comentários

Você sabia que 6 em cada 10 pessoas estão no sobrepeso? É isso que aponta a Pesquisa nacional de saúde feita pelo IBGE. Como consequência disso, grande parte da sociedade está obesa. É por este motivo que escolhemos este tema para o nosso artigo de hoje.

Vamos falar um pouco sobre o balão intragástrico e a cirurgia bariátrica. Abordaremos os prós e contras de cada procedimento, caso opte por fazer um dos dois, ou ambos. Faremos comparações entre eles para deixar claro o que vale mais a pena para você.

Semelhanças e diferenças entre balão e cirurgia bariátrica

Como em qualquer ferramenta ou método de atingir algum objetivo, existem semelhanças e diferenças em relação a outros métodos. Para explicar de uma forma simples, a gente poderia dizer que o balão gástrico seria um método de emagrecimento para quem não quer realizar um procedimento cirúrgico e não está em uma situação tão grave de obesidade. Já a cirurgia bariátrica seria mais focada no tratamento de pacientes com obesidade maior e também os casos em que a motivação da cirurgia são doenças metabólicas (existe também o caso do paciente com super obesidade que coloca o balão antes da cirurgia para operar em condições de saúde melhores, consequentemente com menos risco, daqui a pouco falaremos sobre isso).

Importante ressaltar que o seu médico é a pessoa mais capaz de passar  uma indicação assertiva do método que ele vai utilizar, portanto antes de tomar sua decisão consulte sempre o seu médico.

Os maiores casos de emagrecimento observados são os seguintes:

  1. Paciente acima do peso (IMC 30) que quer emagrecer porém tem receio de cirurgias;
  2. Paciente bem acima do peso (IMC 40) que quer emagrecer e não tem problema com cirurgias;
  3. Paciente bem acima do peso (IMC 35), com doenças metabólicas e sem problema com cirurgias;
  4. Paciente super obeso (IMC 50) sem problemas com a cirurgia (porém com risco cirúrgico).

Trouxemos esses 4 “tipos” de pacientes para facilitar o entendimento.

No caso 1, o paciente não possui indicação cirúrgica devido ao seu IMC, porém ele já possui os requisitos para colocar o balão (IMC acima de 27). Esse paciente provavelmente optará apenas pelo balão intragástrico.

No caso 2, o paciente poderá optar pelos 2 métodos. Podemos observar que seu IMC já permite que ele realize tanto a cirurgia quanto coloque o balão, portanto dependerá bastante da existência ou não de outra condição que defina o método utilizado.

O caso 3 é bem parecido com o 2, possui indicação para os dois métodos, porém o balão não garante ao paciente a melhora metabólica que a cirurgia promove, portanto por mais que o paciente pudesse optar pelos dois, nesse caso o médico possivelmente indicaria a cirurgia para o paciente.

Já no último caso (4), temos um paciente super obeso. Nesses casos o médico costuma indicar os 2 métodos associados. Portanto o paciente colocaria o balão (promoveria uma perda de peso inicial, facilitando a cirurgia e garantindo uma saúde melhor do paciente no momento da cirurgia) e depois de retirá-lo realizaria a cirurgia.

A eficácia dos procedimentos

É muito importante dizer que, o paciente que respeitar todos os protocolos e se esforçar para realmente ficar saudável, com certeza vai atingir seus objetivos. Por mais que opte pelo método mais ou menos eficaz, o que garante a eficácia é justamente o comprometimento do paciente em atingir as metas.

Balão Intragástico

Hoje sabemos que o balão intragástrico promove um emagrecimento entre 10% e 20% do peso inicial do paciente (seu efeito é dado pela alteração da saciedade do paciente, uma vez que o balão ocupa de 1/3 a ½ da cavidade estomacal). Esse balão poderá ser utilizado por 6 ou 12 meses, tendo que ser retirado pela degradação diária promovida pelo contato com o ácido do estômago. Essa porcentagem pode chegar a 30% dependendo do comprometimento do paciente.

Vantagens do balão:

  • Procedimento reversível
  • Risco muito baixo
  • Não provoca alterações no estômago

Contra indicações do balão:

  • Pacientes que já realizaram cirurgia gástrica
  • Histórico de alcoolismo e uso de drogas
  • Distúrbios de coagulação
  • Presença de hérnias diafragmáticas hiatais com mais de 5 cm
  • Lesões com potencial hemorrágico no trato gastrointestinal superior
  • Tumores estomacais
  • Doenças hepáticas graves
  • Gravidez
  • Qualquer tipo de contraindicação a procedimentos endoscópicos

Cirurgia Bariátrica

A cirurgia bariátrica já promove um emagrecimento aproximado a 40% do peso inicial, além de possuir também propriedades que auxiliam no tratamento de doenças metabólicas.

Vantagens da cirurgia

  • Tratamento de doenças metabólicas
  • Porcentagens maiores de rendimento em menor tempo

Contra indicações da bariátrica:

  • Alcoólatras, usuários de droga e/ou com instabilidade emocional
  • Gestantes
  • Com hérnia de hiato, varizes esofágicas, doenças digestivas inflamatórias ou problemas cardiorrespiratórios severos

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Cirurgia Bariátrica e Diabetes

Postado por Suzanclin em 23/ago/2021 - Sem Comentários

Sabe-se que o Diabetes é uma doença extremamente séria e que atinge diversas pessoas ao redor do mundo, não é uma coincidência o fato de que hoje a doença está entre as 10 principais causas de morte no mundo. Segundo a IDF (International Diabetes Federation), existem aproximadamente 463 milhões de adultos com a doença em todo o mundo. Além disso, a prevalência global da diabetes atingiu 9,3%, sendo que ao menos metade desses casos de adultos não são diagnosticados. Inclusive, a previsão é que o número total de pessoas com diabetes chegue em 578 milhões em 2030 e 700 milhões em 2045. Já hoje cerca de 374 milhões de adultos são intolerantes à glicose, portanto possuem alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

No ano de 2019, a diabetes foi responsável por aproximadamente 760 bilhões de dólares em gasto com a saúde. Mas por que estamos falando tudo isso? Muitos sabemos dos malefícios que a doença traz e alguns sabem até mais a fundo sobre a mesma, mas nosso principal assunto de hoje não é esse.

Cirurgia Bariátrica x Diabetes

A cirurgia bariátrica vem se tornando cada vez mais popular, e ela é responsável por auxiliar e até mesmo curar o paciente de diversas patologias trazidas devido à obesidade. Existem 2 doenças que são as primeiras que vêm à cabeça quando falamos de obesidade, a primeira é a hipertensão e a segunda é a diabetes. Como já falamos aqui sobre a hipertensão anteriormente, hoje focaremos na diabetes.

Antes de falar mais sobre, é importante ressaltar também que existem tipos de diabetes, sendo elas:

  • Diabetes tipo 1 – Geralmente, acomete crianças e adolescentes. É uma doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células beta. Dessa maneira, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o organismo. A glicose, então, não é absorvida pelas células. Para retirar o açúcar da corrente sanguínea, os médicos habitualmente prescrevem insulina, modificação no cardápio e atividades físicas.
  • Diabetes tipo 2 – Essa é a apresentação mais comum da doença. E ela surge quando o organismo não consegue usar de forma correta a insulina que produz. Ou, então, o organismo não fabrica o hormônio suficiente para conseguir controlar glicemia. Fatores genéticos podem estar atrelados ao desencadeamento da diabetes do tipo 2, porém, na maioria dos casos a doença é associada a pessoas acima do peso e com uma má alimentação.

Hoje existem estudos que mostram que a cirurgia bariátrica tem resultados muito positivos no auxílio do controle da diabetes tipo 2. Aproximadamente 90% das pessoas que possuem diabetes, possuem a tipo 2.

Mas afinal, a cirurgia bariátrica cura diabetes?

Bom, é complicado afirmar que a cirurgia bariátrica cura a diabetes, porém podemos afirmar que, a cirurgia bariátrica auxilia o paciente no controle da doença. E esse controle é dado por 3 fatores:

  • Redução da grelina no estômago
    A grelina é um peptídeo produzido principalmente no fundo gástrico do estômago e é responsável pela sensação de fome nos pacientes. Como esse fundo é “desativado” nas cirurgias, o paciente passa a sentir menos fome, o que faz com que ele coma menos, ingerindo menos açúcar;
  • Liberação de GLP1
    O estômago reduzido não possui a mesma eficácia ao digerir os alimentos, portanto eles chegam mais rápido e “menos digeridos” no intestino. Essa chegada mais rápida promove a liberação do GLP1, ele irá agir sobre o pâncreas, produzindo mais insulina. O aumento na produção da insulina resulta em uma maior capacidade do corpo guardar açúcar dentro das células;
  • Diminuição do peso do paciente
    Outro fator que influencia no controle da diabetes é a perda de peso do paciente, uma vez que quando uma pessoa emagrece, ela passa a ter menos substâncias inflamatórias que bloqueiam a ação da insulina na célula.

Portanto podemos dizer que a cirurgia bariátrica não cura a diabetes do paciente, mas fará o mesmo ingerir menos alimentos, produzir mais insulina e ter o efeito da insulina de seu corpo potencializado, visto que a inflamação do corpo do paciente diminuirá bastante.

Agora que respondemos qual a influência da cirurgia bariátrica em pessoas com diabetes tipo 2, aproveitamos para tirar uma outra dúvida que é frequentemente trazida a nós.

Qual a diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica?
Na essência do procedimento podemos dizer que nenhuma. A técnica cirúrgica é igual. A grande diferença observada na cirurgia bariátrica e na metabólica é a MOTIVAÇÃO do procedimento. Portanto, caso você possua obesidade descontrolada e queira realizar o procedimento cirúrgico para seu controle, vai realizar a cirurgia bariátrica.
Caso o paciente tenha diabetes ou hipertensão com difícil controle e opte por realizar a cirurgia, o ideal é realizar uma cirurgia metabólica. Note que o que motivou o paciente a realizar o procedimento foi o tratamento de uma síndrome metabólica que ele possuía, não apenas o tratamento da obesidade em sua essência.

Nós somos especialistas em Cirurgia Bariátrica, agende sua avaliação:
(11) 4745-3600

Por que a cirurgia bariátrica emagrece?

Postado por Suzanclin em 16/ago/2021 - Sem Comentários

Uma pergunta que chega rotineiramente para a nossa equipe é sobre por que a cirurgia bariátrica emagrece. Por isso,  hoje no nosso Blog vamos te explicar o real motivo da cirurgia bariátrica fazer os pacientes emagrecerem.

Antes de começar, é importante lembrar que, ao realizar a cirurgia bariátrica, o paciente NÃO tem 100% de garantia de que vai emagrecer, isso só acontecerá no caso em que o paciente obedecer às orientações recebidas pela equipe multidisciplinar. Para o paciente emagrecer depois da cirurgia ele deve manter uma dieta balanceada e também aderir à prática de atividades físicas rotineiras. Por mais que a cirurgia vá emagrecer o paciente por si só, sem a prática de exercícios e alimentação saudável, o paciente poderá perder peso de forma não saudável, uma vez que a cirurgia poderia promover também a perda de massa magra desse paciente. Caso o paciente se mantenha “na linha”, será muito mais garantido que, além de perder o peso, ele melhore sua composição corporal: perca gordura e ganhe massa magra.

Procedimentos Bariátricos e Emagrecimento
É importante ressaltar que no Brasil, a grande maioria dos procedimentos cirúrgicos se dão pelo Bypass gástrico e pela Gastrectomia Vertical (Sleeve), por isso vamos falar dos motivos pelos quais esses procedimentos emagrecem.

As técnicas de Duodenal Switch e a cirurgia de Scorpinaro tem mecanismos de ação diferentes das anteriores, elas têm a maior perda ponderal a longo prazo, porém as complicações nutricionais que acompanham as cirurgias as fazem muito pouco realizadas tanto no Brasil como no mundo. Por isso vamos nos concentrar aqui sobre as outras técnicas cirurgicas.

Mas afinal por que a cirurgia bariátrica emagrece?
Podemos citar 2 motivos principais pelos quais a cirurgia bariátrica emagrece, são eles:

  • Cirurgia restritiva são procedimentos que diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de receber, restringem a quantidade e induzem a sensação de saciedade precoce.
  • Cirurgia Disabsortiva  são cirurgias que teoricamente alteram drasticamente a absorção dos alimentos a nível de intestino delgado, conhecidas como cirurgias de by-pass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal.

Portanto, como dito anteriormente, cirurgias em que o emagrecimento é dado devido à diminuição do estômago do paciente, são restritivas. Já as cirurgias que emagrecem principalmente por uma alteração drástica na absorção dos alimentos, é disabsortiva.

Podemos dizer que o Sleeve é um procedimento restritivo, emagrece devido à diminuição do estômago e o Bypass é tanto restritivo como disabsortivo além do estômago ser reduzido, é promovido também um desvio intestinal que será responsável por uma absorção menor dos alimentos.

Dito isso, concluímos que os principais causadores do emagrecimento da cirurgia bariátrica são a diminuição do estômago (fazendo com que o paciente coma menos) e também a menor absorção de alimentos causados pelo desvio intestinal.

Quais outros fatores influenciam no emagrecimento?

Existem outros dois fatores que tem grande influência no emagrecimento dos pacientes que realizaram a cirurgia. O primeiro fator é a retirada do fundo do estômago, nele é produzido a grelina, hormônio responsável pela sensação de fome. Como o paciente retirou a parte responsável pela produção desse hormônio, ele sente menos fome, o que faz comer menos e consequentemente emagrecer mais rápido.

Outro fator que influencia no emagrecimento é que, agora que o paciente realizou o procedimento, o tempo que o alimento demora para percorrer seu caminho diminui (seja porque foi feito um desvio diminuindo a rota do alimento – Bypass – ou porque o estômago tem uma capacidade menor, cabendo menos alimentos e automaticamente acelerando a digestão – Sleeve). O GLP-1 é um hormônio fisiológico que é secretado no íleo terminal dos pacientes. Esse é responsável por, entre outras funções, induzir maior saciedade nas pessoas. Portanto, quanto mais rápido o alimento percorrer o corpo do paciente, mais rápido é secretado esse hormônio e maior a sensação de saciedade do paciente, consequentemente comendo menos.

Portanto podemos concluir que a cirurgia bariátrica auxilia o paciente a emagrecer de diversas maneiras. Porém voltamos a ressaltar, o grande e maior motivo que vai fazer os pacientes perderem peso e manterem esse peso com o passar dos anos é a qualidade da reeducação de hábitos, seja ela alimentar, física ou psicológica.

Somos especialistas em Cirurgia Bariátrica. Saiba mais sobre o passo a passo da cirurgia aqui na Suzanclin clicando aqui.

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